Milho: B3 sente peso da oferta e opera negativa nesta 6ªfeira
Assim como nos últimos quatro pregões, os preços futuros do milho começaram a sexta-feira (24) operando levemente mais baixos na Bolsa Brasileira (B3) com as principais cotações operando na faixa entre R$ 88,00 e R$ 92,00 por volta das 11h07 (horário de Brasília).
O vencimento novembro/21 era cotado à R$ 90,97 com queda de 0,74%, o janeiro/22 valia R$ 92,58 com perda de 0,74%, o março/22 era negociado por R$ 92,65 com desvalorização de 0,60% e o maio/22 tinha valor de R$ 88,12 com baixa de 0,43%.
De acordo com o analista de mercado na Germinar Corretora, Roberto Carlos Rafael, o mercado de milho no Brasil segue sofrendo uma pressão de baixa após o término das atividades de colheita da segunda safra brasileira, do aumento no volume das importações e da diminuição do ritmo das exportações.
Nas contas de Rafael, se o Brasil chegar às 19 milhões de toneladas exportadas (o país tem menos de 10 milhões acumuladas de janeiro até agosto) os estoques de passagem serão similares aos registrados na virada da safra passada. Porém, como novos negócios não estão aparecendo, este volume pode ficar abaixo até mesmo das 15 milhões de toneladas e aumentar a oferta do cereal no mercado nacional na virada do ano.
Mercado Externo
Já a Bolsa de Chicago (CBOT) reverteu suas posições alcançadas ontem e também opera em baixa na manhã desta sexta-feira para os preços internacionais do milho futuro que recuam por volta das 11h02 (horário de Brasília).
O vencimento dezembro/21 era cotado à US$ 5,25 com desvalorização de 3,75 pontos, o março/22 valia US$ 5,33 com baixa de 3,50 pontos, o maio/22 era negociado por US$ 5,37 com perda de 3,75 pontos e o julho/22 tinha valor de US$ 5,37 com queda de 3,25 pontos.
Segundo informações do site internacional Farm Futures, melhorar as previsões de produção de milho para os Estados Unidos A e a Ucrânia ajudaram a desencadear perdas no complexo de milho durante a noite.
“A melhoria dos relatórios de produtividade à medida que a colheita avança em Heartland também aponta para rendimentos mais altos do que o esperado para a safra de milho dos EUA de 2021, o que poderia aliviar as pressões de fornecimento e, em última análise, reduzir os preços”, aponta a analista Jacqueline Holland.