Em sete dias Brasil já importou 27,99% mais milho do que todo setembro de 2020
O Brasil finalizou a segunda semana de setembro importando 188.571,1 toneladas de milho não moído, exceto milho doce, de acordo com os dados divulgados pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, por meio da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) para os sete primeiros dias úteis do mês.
Isso significa que, na segunda semana do mês, que corresponde à quatro dias úteis, o país recebeu 122.842,6 toneladas de milho, que somam as 65.728,5 registradas na primeira semana do mês.
No acumulado de setembro de 2021 até o momento, o país já ultrapassou em 27,99% o equivalente a todo o registrado em setembro de 2020 (147.332 toneladas). Sendo assim, a média diária de importação ficou em 26.938,7 toneladas contra 7.015,8 do mesmo mês do ano passado, aumento de 283,97%.
O nono mês de 2021 também começou representando elevações nos valores médios diários gastos que saíram de US$ 1.066,00 mil em 2020 para US$ 6.490,7 mil em 2021, aumento de 508,88% e nos preços dispensados por tonelada importada, que subiram 58,58% saindo de US$ 151,90 para US$ 240,90.
De acordo com os dados consolidados da Secex, de janeiro até agosto, o Brasil já importou 1.227.486toneladas de milho, número 112,2% maior do que o mesmo período do ano anterior.
De acordo com o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, os grandes compradores continuam retraídos e, com o câmbio recuando, conseguem importar milho na faixa de R$ 85,00 nos portos de Santa Catarina. Além disso, as grandes indústrias seguem aguardando a chegada de novos volumes contratados fora do país.