Milho: Em dia de poucos negócios, B3 fecha 2ªfeira praticamente estável
A estabilidade não deixou os preços futuros do milho na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações permaneceram com flutuações restritas ao longo desta segunda-feira (06).
O vencimento setembro/21 foi cotado à R$ 91,87 com alta de 0,35%, o novembro/21 valeu R$ 92,20 com elevação de 0,49%, o janeiro/22 foi negociado por R$ 93,96 com ganho de 0,01% e o março/22 teve valor de R$ 93,59 com queda de 0,10%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o que vemos no Brasil neste momento é uma corrida para plantar a safra de verão 2021/22, aproveitando as últimas chuvas no Rio Grande do Sul, e com expectativa de ampliação de área.
Diante disso, as cotações do mercado seguem estáveis, sem conseguir subir e nem cair. “Poucos negócios estão fluindo. Os grandes frigoríficos estão esperando por milho importado, são grandes volumes que estão para chegar e os grandes compradores esperam isso para se posicionar”, diz Brandalizze.
Nos três primeiros dias de setembro o Brasil exportou 534.833,3 toneladas de milho não moído (exceto milho doce), de acordo com o relatório divulgado pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, por meio da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
Este volume representa 12% do total alcançado durante o mês de agosto de 2021 (4.349.451,2), e é apenas 8% das 6.371.263,4 toneladas que foram exportadas durante todo o mês de setembro 2020. Com isso, a média diária de embarques ficou em 178.277,8 toneladas, o que na comparação ao mesmo período do ano passado, representa redução de 41,24% com relação as 303.393,5 do mês de setembro de 2020.
Do lado das importações, o Brasil começou setembro importando 65.728,5 toneladas de milho. Até o momento, o país já embarcou o equivalente à 44,61% de todo o registrado em setembro de 2020 (147.332 toneladas). Sendo assim, a média diária de importação ficou em 21.909,5 toneladas contra 7.015,8 do mesmo mês do ano passado, aumento de 212,29%.
Já os preços do milho no mercado físico brasileiro continuaram registrando recuos em diversas praças. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, não foram percebidas valorizações, mas as desvalorizações apareceram em Não-Me-Toque/RS, Panambi/RS, Pato Branco/PR e Itapetininga/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta segunda-feira
De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, “as cotações do mercado físico estão em tendência de baixa nos últimos dias. Além de o dólar mais fraco, a reta final da colheita da safrinha trouxe mais produtores interessados em fixar parte da produção. No mercado físico, os negócios estão lentos no início e esta deve ser uma semana de poucos negócios”.
A análise da Agrifatto Consultoria acrescenta ainda que, “em ritmo de feriado ambas as pontas ficaram afastadas do mercado mantendo a saca no patamar de R$ 94,00/sc em Campinas/SP”.
Ainda nesta segunda-feira, o Cepea divulgou sua nota semanal apontando que, “com a maior parte dos demandantes internos afastada das compras, e produtores avançando com a colheita, o volume de milho disponível no spot nacional vem aumentando”.
Assim, conforme colaboradores do Cepea, “alguns compradores que precisavam recompor estoques aproveitaram para negociar o cereal nos últimos dias, mas, no geral, a liquidez permaneceu baixa”.
Neste contexto, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (região de Campinas/SP) caiu 3,7% entre 27 de agosto e 3 de setembro, fechando a R$ 92,26/sc de 60 kg na sexta-feira, 3, o menor patamar desde o dia 2 de julho. Apenas no Sul do País é que os preços registraram ligeira alta, em função da baixa disponibilidade.
Mercado Externo
A Bolsa de Chicago (CBOT) não operou nesta segunda-feira em função da comemoração do feriado norte-americano do Dia do Trabalho, e retomará as atividades na próxima terça-feira (07).
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