Milho: B3 fecha a semana com ganhos de mais de 2% e voltando aos patamares de 100/101 reais

Publicado em 13/08/2021 16:38
CBOT fica estável nesta sexta-feira, mas acumula alta de até 3% na semana

Os preços futuros do milho vinham caminhando do lado positivo da tabela na Bolsa Brasileira (B3) durante a maior parte do dia, mas encerraram a sexta-feira (13) operando em campo misto e próximos da estabilidade.

O vencimento setembro/21 foi cotado à R$ 99,90 com queda de 0,10%, o novembro/21 valeu R$ 100,40 com perda de 0,12%, o janeiro/22 foi negociado por R$ 101,60 com alta de 0,12% e o março/22 teve valor de R$ 101,52 com elevação de 0,34%.

No comparativo semanal, as cotações do cereal brasileiro acumularam ganhos, com relação ao fechamento da última sexta-feira (06), de 2,30% para o setembro/21, de 2,17% para novembro/21, de 1,85% para o janeiro/22 e de 2,50% para o março/22.

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a pouca flutuação do mercado neste final da semana reflete o câmbio um pouco mais baixo no Brasil e os poucos negócios acontecendo neste momento, mas os fundamentos permanecem positivos.

“O Paraná teve muitas perdas nesta safrinha e a Conab já confirmou que a oferta vai ser menor do que a necessidade de consumo”, aponta o analista.

Mercado Externo

O mesmo movimento aconteceu na Bolsa de Chicago (CBOT), com os preços internacionais do milho futuro perdendo a força ao longo do dia e encerrando a sexta-feira operando em campo misto, praticamente inalterados

O vencimento setembro/21 foi cotado à US$ 5,68 com ganho de 1,25 pontos, o dezembro/21 valeu US$ 5,73 com perda de 0,25 pontos, o março/22 foi negociado por US$ 5,79 com baixa de 0,25 pontos e o maio/22 teve valor de US$ 5,83 com queda de 0,25 pontos.

Estes índices representaram, com relação ao fechamento da última quinta-feira (12), elevação de 0,18% para o setembro/21 e estabilidade para o dezembro/21, para o março/22 e para o maio/22.

No comparativo semanal, as cotações do cereal brasileiro acumularam valorizações, com relação ao fechamento da última sexta-feira (06), de 2,34% para o setembro/21, de 3,06% para dezembro/21, de 2,66% para o março/22 e de 2,46% para o março/22.

Segundo informações da Agência Reuters, o milho da CBOT reduziu os ganhos e caiu na realização de lucros no final da semana. 

“O mercado foi sustentado por preocupações com a oferta, depois que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) cortou na quinta-feira sua estimativa da produção de milho dos EUA mais do que a maioria dos analistas esperava”, diz Julie Ingwersen da Reuters Chicago.

A publicação relata ainda que, os comerciantes estavam digerindo os dados da área cultivados divulgados na quinta-feira pelo USDA, que sugeriam, que o departamento poderia eventualmente precisar aumentar sua estimativa oficial de plantações de milho nos EUA.

Mercado Físico

Já os preços do milho no mercado físico brasileiro tiveram muitas movimentações neste último dia da semana. No levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, as desvalorizações aparecerem em Maracaju/MS, Campo Grande/MS e Amambai/MS. Por outro lado, as valorizações foram vistas em Londrina/PR, Castro/PR, Pato Branco/PR, Palma Sola/SC, Rio do Sul/SC, Rondonópolis/MT, Primavera do Leste/MT, Alto Garças/MT, Itiquira/MT, Jataí/GO, Rio Verde/GO e Luís Eduardo Magalhães/BA.

Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira

De acordo com a análise da Agrifatto Consultoria, esse foi “mais um dia marcado por baixas movimentações no mercado físico do milho com o preço em Campinas/SP negociado na casa dos R$ 99,00 a saca”.

Enquanto isso, as regiões gaúchas de Ijuí, Bagé, Santa Rosa e Soledade, que ainda estavam em entressafra começaram oficialmente os cultivos da safra verão, com produtores realizando operações de crédito para custeio, e ainda adquirindo insumos e preparando as áreas para a implantação da nova safra.

Em Ijuí, ainda é pouco expressiva a área semeada com a baixa umidade do solo e as temperaturas muito abaixo do ideal. Em Santa Rosa, os produtores já semearam 8% da área, principalmente em locais costeiros a rios onde os eventuais efeitos de geadas tardias são menos prejudiciais”, explica o relatório da Emater/RS.

Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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