Colheita do milho avança para 9% no MS com apenas 1% das lavouras em boas condições e queda de produtividade, aponta Famasul

Publicado em 04/08/2021 14:35

A Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul) divulgou seu Boletim Semanal da Casa Rural seguindo o acompanhamento da safra e da comercialização da produção de milho no estado.  

De acordo com o levantamento a projeção de produtividade média mantida no mesmo patamar da semana anterior, 52,3 sacas por hectare, o que resultara em uma produção total de 6,285 milhões de hectares. 

A publicação ainda minimizou o impacto das últimas geadas registradas no estado para interferir na produtividade sul-mato-grossense. “A semana passada foi marcada pela terceira geada em grande parte da área produtiva do estado, porém, como o milho já estava seco em função das geadas anteriores, não houve aumento das perdas”.

Já a colheita do cereal segue avançando e subiu dos 4,1% da semana passada para 9,6% até a última sexta-feira (30). No mesmo período do ano passado, a colheita já estava em 28,6% do total.

“A operação de colheita segue de maneira lenta, mesmo com a geada acelerando a maturação das plantas. No campo pode ser observado produtividades com rendimentos de 100 sc/ha até rendimentos baixíssimos, chegando a de 8 sc/ha”, relata a publicação. 

Na avaliação da qualidade das lavouras, a Famasul manteve apenas 1% das lavouras como em boas condições, 36% em regulares e os outros 63% sendo avaliadas como ruins, mesmos índices do reporte anterior.

O relatório explica que para um cultivo ser classificado como “ruim”, deve apresentar diversos critérios negativos, como alta infestação pragas (plantas daninhas, pragas e doenças) ou falhas de stand, desfolhas, enrolamento de folhas, amarelamento precoce das plantas, dentre outros defeitos que causem elevada perda de potencial produtivo. Em uma classificação “regular”, encontra-se plantas que apresentam poucos danos causados por pragas, stand razoável e pequenos amarelamentos das plantas em desenvolvimento. Um cultivo é classificado como “bom”, quando não apresenta nenhuma das características anteriores, possuindo plantas viçosas e que garantem uma boa produtividade.

Enquanto isso, o preço da saca do milho em Mato Grosso do Sul apresentou estabilidade entre 26 e 30 de julho de 2021. O cereal encerrou o período negociado a R$ 88,13. Já no mês de julho como um todo, houve valorização de 4,44% na saca do cereal. Na comparação anual, a elevação de julho/21 para julho/20 foi de 127,88%.

“No mercado de Mato Grosso do Sul preços seguem sustentados pela menor oferta”, explica a Famasul.

Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Milho emenda sexta queda consecutiva e B3 atinge menores patamares em um mês nesta 5ªfeira
Getap 2024: premiação deve ter altas produtividades para o milho inverno 24
Cotações do milho recuam nesta quinta-feira na B3 e em Chicago
Preços futuros do milho começam a quinta-feira na estabilidade
Radar Investimentos: Plantio do milho na Argentina alcançou na última semana 38,6%
Milho inverte o sinal e termina o dia com pequenas altas na Bolsa de Chicago
undefined