Chegada da safra eleva exportações brasileiras de milho na comparação mensal, mas julho/21 ainda fecha atrás de julho/20
O Brasil chegou próximo das 2 milhões de toneladas de milho não moído (exceto milho doce) exportadas em todo o mês de julho. Nestes 22 dias úteis de julho, o país acumulou embarques de 1.983.372 toneladas, de acordo com o que divulgou o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, por meio da Secretaria de Comércio Exterior, em seu relatório semanal que aponta as exportações acumuladas de diversos produtos agrícolas durante o mês de julho.
Este volume representa aumento de 862.175,7 toneladas com relação ao exportado até a terceira semana de julho (1.121.196,3), e foi 2.051% maior do que o total contabilizado durante o último mês de junho todo (92.169,2).
Com isso, a média diária de embarques ficou em 90.153,3 toneladas, patamar 1.954% maior do que a média do mês passado (4.389 toneladas). Em comparação ao mesmo período do ano passado, a média de exportações diárias é 47,89% menor do que as 173.009,7 do mês de julho de 2020.
Em termos financeiros, o Brasil exportou um total de US$ 404.324,00 mil no período, contra US$ 633.360,4 mil de todo julho do ano passado. Já na média diária, o atual mês contabilizou decréscimo de 33,26% ficando com US$ 18.378,40 por dia útil contra US$ 27.537,4 em julho de 2020.
Por outro lado, o preço por tonelada obtido registrou elevação de 28,08% no período, saindo dos US$ 159,20 no ano passado para US$ 203,9 neste mês de julho.
De acordo com a última estimativa divulgada pela Anec (Associação Nacional dos Exportadores de Cereais), as exportações brasileiras de milho deveriam atingir 3,16 milhões de toneladas em julho, mas o patamar ficou 1.176,628 toneladas abaixo do esperado.
Para o total do ano, o analista de mercado da Germinar Corretora, Roberto Carlos Rafael, acredita que, das 20 milhões de toneladas estimadas para exportação neste ano, o volume final deve ficar em apenas 15 milhões.
“Temos recebido notícias a cada dia de operações washout em todo o país com as traders estão colocando o produto no mercado interno. Os portos pagam em torno de R$ 20,00 mais barato do que o mercado interno e assim não tem negócio. Não há grandes movimentos de setembro para frente”, pontua.