Famasul sobe para 63% índice de lavouras de milho consideradas ruins no MS

Publicado em 21/07/2021 15:57 e atualizado em 22/07/2021 10:52


A Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul) divulgou nesta quarta-feira (21) seu Boletim Semanal da Casa Rural seguindo o acompanhamento da safra e da comercialização da produção de milho no estado.  

De acordo com o levantamento, a projeção de área plantada para o milho 2ª safra 2020/2021 de Mato Grosso do Sul  segue de 2,003 milhões de hectares, com aumento de 5,7% quando comparada com a área da safra 2019/2020, que foi 1,895 milhão de hectares. Após a geada, no entanto, a produtividade do estado foi revisada e está estimada em 52,3 sacas por hectares, gerando uma produção de  6,285 milhões de toneladas.

O relatório explica ainda que a , última semana passada foi marcada pelo declínio da temperatura e chuva forte nas regiões sul-fronteira e sudeste. O estado enfrenta em média 43 dias de estiagem de acordo com os modelos agroclimáticos.

Diante desse cenário, a Famasul manteve apenas 1% das lavouras avaliada em boa condição, 36% apresentaram condição regular e os outros 63% são considerados ruins. Na semana passada, esses índices eram de 1%, 38% e 61%. 

O relatório explica que para um cultivo ser classificado como “ruim”, deve apresentar diversos critérios negativos, como alta infestação pragas (plantas daninhas, pragas e doenças) ou falhas de stand, desfolhas, enrolamento de folhas, amarelamento precoce das plantas, dentre outros defeitos que causem elevada perda de potencial produtivo.

Em uma classificação “regular”, encontra-se plantas que apresentam poucos danos causados por pragas, stand razoável e pequenos amarelamentos das plantas em desenvolvimento. Um cultivo é classificado como “bom”, quando não apresenta nenhuma das características anteriores, possuindo plantas viçosas e que garantem uma boa produtividade.

Em relação aos preços, o preço da saca no estado ficou estável entre 12 a 19 de julho de 2021. O cereal encerrou o período negociado a R$ 88,13. "Os preços firmes mostram que os valores do mercado externo e a taxa de câmbio continuam favoráveis para a sustentação dos preços enquanto a produção menor impossibilita a desvalorização", afirma. 

Em julho o valor médio foi R$ 87,38/sc, representou alta de 127,08% em relação ao valor médio de R$ 38,48/sc no mesmo período de 2020. 

Por: Virgínia Alves
Fonte: Notícias Agrícolas

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