Com estiagem e geada, Famasul mantém 61% das lavouras de milho com condições ruins no MS
A Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul) divulgou nesta quarta-feira (14) seu Boletim Semanal da Casa Rural seguindo o acompanhamento da safra e da comercialização da produção de milho no estado.
De acordo com o levantamento, a projeção de área plantada para o milho 2ª safra 2020/2021 de Mato Grosso do Sul segue de 2,003 milhões de hectares, com aumento de 5,7% quando comparada com a área da safra 2019/2020, que foi 1,895 milhão de hectares. Após a geada, no entanto, a produtividade do estado foi revisada e está estimada em 52,3 sacas por hectares, gerando uma produção de 6,285 milhões de toneladas.
O relatório explica ainda que a última seman foi marcada por produtores analisando mais de perto os danos causados pela estiagem e geada". Quanto ao clima, o estado enfrenta em média 36 dias de estiagem agrícola de acordo com os modelos agroclimáticos. Essa semana haverá o avanço da massa de ar frio no estado, a partir do dia 17 julho haverá declínio da temperatura, mínimas entre 12° e 15°C", acrescenta.
Diante desse cenário, a Famasul manteve apenas 1% das lavouras avaliada em boa condição, 38% apresentam condição regular e os outros 61% ainda são considerados ruins. Na semana passada, os índices eram os mesmos.
O relatório explica que para um cultivo ser classificado como “ruim”, deve apresentar diversos critérios negativos, como alta infestação pragas (plantas daninhas, pragas e doenças) ou falhas de stand, desfolhas, enrolamento de folhas, amarelamento precoce das plantas, dentre outros defeitos que causem elevada perda de potencial produtivo.
Em uma classificação “regular”, encontra-se plantas que apresentam poucos danos causados por pragas, stand razoável e pequenos amarelamentos das plantas em desenvolvimento. Um cultivo é classificado como “bom”, quando não apresenta nenhuma das características anteriores, possuindo plantas viçosas e que garantem uma boa produtividade.
"Observa-se a campo, diversos tipos de situações desde lavouras com espigas com má formação, plantas que não desenvolveram, estandes irregulares, dentre outros problemas que afetam diretamente o potencial produtivo da cultura. E, entre os dias 27 de junho a 01 de julho, as regiões centro, oeste, sul, sudoeste, sul-fronteira e sudeste, foram afetadas pela geada, a avalição desta área foi realizada através da equipe do projeto SIGA-MS, onde foi estimado e mensurado a área de quebra da produção", explica o relatório.
Em relação aos preços, o preço da saca no estado apresentou apresentou valorização de 4,44%
entre 05 a 12 de julho de 2021. O cereal encerrou o período negociado a R$ 88,13. Já no que diz respeito à todo período de julho de 2021, o valor médio foi R$ 86,95/sc, representou alta
de 125,96% em relação ao valor médio de R$ 38,48/sc no mesmo período de 2020.