Saltam para 35% as lavouras classificadas como ruins no MS, aponta Famasul

Publicado em 09/06/2021 14:19

A Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul) divulgou seu Boletim Semanal da Casa Rural seguindo o acompanhamento da safra e da comercialização da produção de milho no estado.  

De acordo com o levantamento, a projeção de área plantada para o milho 2ª safra 2020/2021 de Mato Grosso do Sul segue de 2,003 milhões de hectares, com aumento de 5,7% quando comparada com a área da safra 2019/2020, que foi 1,895 milhão de hectares. A produtividade ainda é estimada em de 75 sc/ha, gerando uma produção de 9,013 milhões de toneladas.

Apesar da manutenção das expectativas, a publicação destaca as dificuldades climáticas vividas no estado. “A semana passada foi marcada por pancadas de chuva nas regiões sul, sudoeste, sul-fronteira e sudeste. Mesmo com as chuvas, algumas regiões, como a sul e sudeste já possuem 79 e 59% respectivamente dos cultivos classificados como ruins”, diz a Famasul.

Diante deste cenário, apenas 6% das lavouras foram avaliadas em boas condições, 59% são regulares e os outros 35% foram avaliadas como ruins. Na semana anterior, estes índices eram de 6%, 71% e 23%, respectivamente.

O relatório explica que para um cultivo ser classificado como “ruim”, deve apresentar diversos critérios negativos, como alta infestação pragas (plantas daninhas, pragas e doenças) ou falhas de stand, desfolhas, enrolamento de folhas, amarelamento precoce das plantas, dentre outros defeitos que causem elevada perda de potencial produtivo. Em uma classificação “regular”, encontra-se plantas que apresentam poucos danos causados por pragas, stand razoável e pequenos amarelamentos das plantas em desenvolvimento. Um cultivo é classificado como “bom”, quando não apresenta nenhuma das características anteriores, possuindo plantas viçosas e que garantem uma boa produtividade.

Enquanto isso, o preço da saca do milho em Mato Grosso do Sul se valorizou 0,44% entre 31 a 07 de junho de 2021, encerrando o período negociado a R$ 85,81.

“Os preços do cereal estão sustentados pela valorização no mercado internacional. Os vendedores e compradores estão cautelosos na realização de negócios e de olho no resultado da safra. A comercialização antecipada praticamente inalterada em relação à semana anterior mostrando que os produtores estão com foco no acompanhamento das lavoura”, aponta a entidade.

Já no que diz respeito à todo o período de junho de 2021, houve valorização no preço médio do cereal de 0,22%. No mês o valor médio foi R$ 85,75/sc, representou alta de 129,95% em relação ao valor médio de R$ 37,29/sc no mesmo período de 2020.

Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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