Cresce para 23% as lavouras de milho avaliadas como ruins no MS, diz Famasul
A Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul) divulgou seu Boletim Semanal da Casa Rural seguindo o acompanhamento da safra e da comercialização da produção de milho no estado.
De acordo com o levantamento, a projeção de área plantada para o milho 2ª safra 2020/2021 de Mato Grosso do Sul segue de 2,003 milhões de hectares, com aumento de 5,7% quando comparada com a área da safra 2019/2020, que foi 1,895 milhão de hectares. A produtividade ainda é estimada em de 75 sc/ha, gerando uma produção de 9,013 milhões de toneladas.
Apesar da manutenção das expectativas, a publicação destaca as dificuldades climáticas vividas no estado. “O final de semana passado foi marcado por chuva que variou entre 1 e 62 mm porém com queda de granizo na região sul, sudeste e sul-fronteira do estado, causando danos emF algumas lavouras. Até o momento as regiões que registraram as piores condições nas lavouras foram oeste e centro”, diz a Famasul.
Diante deste cenário, apenas 6% das lavouras foram avaliadas em boas condições, 71% são regulares e os outros 23% foram avaliadas como ruins. Na semana anterior, estes índices eram de 5%, 78% e 17%, respectivamente.
O relatório explica que para um cultivo ser classificado como “ruim”, deve apresentar diversos critérios negativos, como alta infestação pragas (plantas daninhas, pragas e doenças) ou falhas de stand, desfolhas, enrolamento de folhas, amarelamento precoce das plantas, dentre outros defeitos que causem elevada perda de potencial produtivo. Em uma classificação “regular”, encontra-se plantas que apresentam poucos danos causados por pragas, stand razoável e pequenos amarelamentos das plantas em desenvolvimento. Um cultivo é classificado como “bom”, quando não apresenta nenhuma das características anteriores, possuindo plantas viçosas e que garantem uma boa produtividade.
Enquanto isso, o preço da saca do milho em Mato Grosso do Sul se desvalorizou 3,60% entre 24 e 31de maio de 2021, encerrando o período negociado a R$ 85,44
“Os preços no mercado sul-mato-grossense foram pressionados pela queda na taxa de câmbio e pelas incertezas que pairam sobre o resultado da safra a partir das revisões nas condições das lavouras”, aponta a entidade.
Já no que diz respeito à todo o período de maio de 2021, houve desvalorização no preço médio do cereal, os R$ 85,44 de 31/05 foi 8,75% menor que o valor de R$ 93,63 do início de maio. No comparativo anual constata-se valorização de 132,10% do preço médio de maio de 2021 (R$ 92,26/sc) em relação ao valor médio de R$ 39,75/sc no mesmo período de 2020.