Preço do milho segue firme no Brasil nesta 5ªfeira e volta a ultrapassar os R$ 104,00 na B3

Publicado em 22/04/2021 18:32 e atualizado em 23/04/2021 09:18
Chicago bate limite de alta e chega ao patamar mais elevados desde 2013

A quinta-feira (22) chega ao final com os preços do milho valorizados no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, foram percebidas desvalorizações apenas na praça de Amambaí/MS. 

Já os ganhos aconteceram em Ubiratã/PR, Londrina/PR, Cascavel/PR, Castro/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Pato Branco/PR, Palma Sola/SC, Tangará da Serra/MT, Campo Novo do Parecis/MT, Eldorado/MS, Cândido Mota/SP e Itapetininga/SP. 

Confira como ficaram todas as cotações nesta quinta-feira 

A agência SAFRAS & Mercado relata que, o mercado brasileiro de milho retomou os negócios após o feriado de Tiradentes com cotações firmes. A forte alta em Chicago contribuiu para avanços ainda maiores nas cotações no cenário doméstico, em meio à oferta escassa. 

“O mercado brasileiro de milho registrou preços firmes. A véspera do feriado reduziu as negociações e a oferta curta mantém a sustentação dos preços nas principais praças de comercialização”, dizem os analistas da SAFRAS & Mercado. 

De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, a estabilidade esteve presente no mercado físico do milho em São Paulo. “A volatilidade continua alta em função das especulações do clima na América do Sul e no plantio dos Estados Unidos. Pelo lado dos fundamentos, a notícias relevantes são a zeragem do imposto de importação no Brasil até o final de 2021 e a mudança na matriz de rações da China”. 

A Agrifatto Consultoria complementa ainda que “A queda-de-braço entre vendedores e compradores estabiliza o indicador de negócios do milho de Campinas/SP próximo de R$ 98,00/sc”. 

No Mato Grosso do Sul, por exemplo, o preço da saca do milho atingiu R$ 90,00 na praça de Dourados. O cereal fechou 19/04 ao valor médio de R$ 88,63/sc no estado.  

“O preço médio do cereal entre 12 a 19 de abril de 2021 valorizou 4,73%, acumulando, no mês de abril, a valorização foi 11,30%, sendo resultado da menor oferta do cereal aliada às altas nos preços do mercado externo”, aponta a Famasul. 

B3 

Os preços futuros do milho subiram na Bolsa Brasileira (B3) ao longo desta quinta-feira. As principais cotações registraram movimentações positivas entre 1,91% e 2,52% ao final do dia. 

O vencimento maio/21 foi cotado à R$ 104,45 com alta de 1,91%, o julho/21 valeu R$ 101,70 com valorização de 2,52%, o setembro/21 foi negociado por R$ 97,30 com ganho de 2,37% e o novembro/21 teve valor de R$ 98,01 com elevação de 2,31%. 

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o clima tem mostrando bastantes mudanças com momentos de temperaturas altíssimas, outros com temperaturas baixas e geadas que podem acontecer e falta de chuva. 

“Essa é uma semana de alta nas cotações, mas terminando a cúpula do clima nesta semana e o clima dos Estados Unidos melhorando o produtor precisa ficar cauteloso porque a semana foi forte e depois pode liquidar. Nem tudo sobe pra sempre”, pontua. 

Mercado Externo 

A Bolsa de Chicago (CBOT) também teve um dia altista para os preços internacionais do milho futuro nesta quinta-feira. As principais cotações registraram movimentações positivas entre 16,75 e 25,00 pontos ao final do dia. 

O vencimento maio/21 foi cotado à US$ 6,50 com valorização de 25,00 pontos, o julho/21 valeu US$ 6,31 com ganho de 25,00 pontos, o setembro/21 foi negociado por US$ 5,77 com elevação de 20,25 pontos e o dezembro/21 teve valor de US$ 5,53 com alta de 16,75 pontos. 

Esses índices representaram valorizações, com relação ao fechamento da última quarta-feira, de 4,00% para o maio/21, de 4,13% para o julho/21, de 3,59% para o setembro/21 e de 3,17% para dezembro/21.   

Segundo informações da Agência Reuters, os futuros norte-americanos de milho atingiram máximas plurianuais na quinta-feira, chegando aos maiores patamares desde 2013, com as preocupações sobre o aperto no fornecimento global de grãos, o que desencadeou a compra a descoberto e impulsionada por fundos. 

"Esses mercados estão em grande parte comprados em excesso e vencidos por uma correção, mas ninguém quer se colocar na frente deste trem até que o ímpeto mude", escreveu o economista-chefe de commodities da StoneX, Arlan Suderman, em nota ao cliente. 

A publicação aponta ainda que, os mercados à vista domésticos firmes sugerem que os suprimentos deixados das safras de milho e soja de 2021 nos EUA estão diminuindo, e os traders continuam preocupados com o período de frio nos EUA esta semana e a seca no Brasil ameaçando as perspectivas para a próxima safra. 

Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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