Milho opera em campo misto na B3 em meio à indefinições do plantio da safrinha
Os preços futuros do milho estão oscilando nesta terça-feira (02) com movimentações em campo misto na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registravam flutuações entre 0,06% negativo e 0,30% positivo por volta das 11h49 (horário de Brasília).
O vencimento março/21 era cotado à R$ 87,95 com queda de 0,05%, o maio/21 valia R$ 88,80 com alta de 0,11%, o julho/21 era negociado por R$ 84,10 com elevação de 0,30% e o setembro/21 tinha valor de R$ 80,20 com perda de 0,06%.
De acordo com análise da Agrifatto Consultoria, as indefinições quanto ao plantio da segunda safra de milho no Brasil, que segue atrasada em diversas regiões produtoras, atuam para deixar as cotações na B3 em campo misto.
“Com o fim da janela ideal de plantio para o milho 2ª safra na virada do mês nos estados do Centro-Sul, estimativas apontam que mais de 50% da área cultivada do cereal será plantada fora do período considerado ideal, com maior exposição ao risco”.
Mercado Externo
Já os preços internacionais do milho futuro se mantiveram em baixa nesta terça-feira na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registravam movimentações negativas entre 1,50 e 3,75 pontos por volta das 11h38 (horário de Brasília).
O vencimento março/21 era cotado à R$ 5,46 com queda de 1,50 pontos, o maio/21 valia R$ 5,35 com perda de 2,75 pontos, o julho/21 era negociado por R$ 5,23 com desvalorização de 3,25 pontos e o setembro/21 tinha valor de R$ 4,83 com baixa de 2,25 pontos.
Segundo informações do site internacional Farm Futures, os preços do milho caíram durante a noite, liderados por vendas impulsionadas por fundos e um dólar mais forte. Mas as perdas desta manhã foram limitadas a alguns centavos devido, em grande parte, a preocupações com o estreitamento da oferta dos Estados Unidos.
Bill Biedermann, da AgMarket.Net, acredita que as commodities agrícolas devem passar por um superciclo. “A história nos diz que quatro a seis anos de consolidação lateral barata aumentam a demanda e geralmente são seguidos por uma recuperação dos mercados de dois a quatro anos”, Beidermann compartilha na última coluna Ag Marketing IQ .
A publicação ainda destaca que, os fundamentos apóiam essa crença. As taxas de estoque de milho e soja para uso dos EUA estão em baixas históricas. A demanda mundial por grãos está crescendo na era da pandemia. E não vai demorar muito para elevar os preços, especialmente se as projeções de área ficarem aquém deste ano. “Podemos estar diante de uma tempestade potencial perfeita”, supõe Biedermann.