Preço do milho registra leves altas nesta 5ªfeira de olho na colheita

Publicado em 25/02/2021 16:52 e atualizado em 26/02/2021 09:23
Chicago recua com realização de lucros e poucas exportações

A quinta-feira (25) chega ao final com os preços do milho levemente mais altos no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, foram percebidas desvalorizações apenas em Eldorado/MS (0,70% e preço de R$ 70,50).

Já as valorizações apareceram nas praças de Cândido Mota/SP (0,67% e preço de R$ 75,50), Campo Novo do Parecis/MT (0,75% e preço de R$ 67,50), Brasília/DF (1,45% e preço de R$ 70,00) e Campinas/SP (2,30% e preço de R$ 89,00).

Confira como ficaram todas as cotações nesta quinta-feira

De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, a colheita da safra verão no Sul do país segue avançando, enquanto “o produtor tenta cadenciar as vendas, mas o comprador gradativamente tem recebido mais ofertas”.

Já a consultoria SAFRAS & Mercado aponta que o quadro de oferta limitado pelas dificuldades de logística para o escoamento do milho deve garantir sustentação aos preços.

“O mercado brasileiro de milho registrou preços de estáveis a mais altos enquanto o avanço da colheita da soja e dificuldades de logísticas continuam afetando o escoamento”, diz o analista da SAFRAS, Paulo Molinari.

B3

Os preços futuros do milho ganharam força ao longo do dia após começarem as movimentações da quinta-feira caindo na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registraram movimentações positivas entre 0,18% e 0,96% ao final do dia.

O vencimento março/21 foi cotado à R$ 88,91 com alta de 0,18%, o maio/21 valeu R$ 89,08 com ganho de 0,42%, o julho/21 foi negociado por R$ 84,00 com valorização de 0,96% e o setembro/21 teve valor de R$ 80,65 com elevação de 0,81%.

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulitng, Vlamir Brandalizze, a colheita da safra verão deve ganhar ritmo a partir da semana que vem e ampliar a oferta disponível aos compradores.

“Como não vamos ter espaço para embarcar milho na exportação, o que colher vai ficar para o mercado interno e isso deixa o setor de ração em uma posição um pouco mais confortável para poder esperar um pouco mais para comprar e não pressionar o mercado”, comenta o analista.

Brandalizze afira que as cotações podem recuar ao longo de março, mas ainda em níveis muito favoráveis para os produtores brasileiros.

Mercado Externo

Já a Bolsa de Chicago (CBOT) teve um dia de recuos para os preços internacionais do milho futuro. As principais cotações registraram movimentações negativas entre 3,50 e 7,50 pontos ao final da quinta-feira.

O vencimento março/21 foi cotado à US$ 5,54 com baixa de 4,50 pontos, o maio/21 valeu US$ 5,49 com queda de 7,25 pontos, o julho/21 foi negociado por US$ 5,39 com desvalorização de 7,50 pontos e o setembro/21 teve valor de US$ 4,93 com perda de 3,50 pontos.

Esses índices representaram baixas, com relação ao fechamento da última quarta-feira de 0,89% para o março/21, de 1,43% para o maio/21, de 1,46% para o julho/21 e de 0,60% para o setembro/21.

Segundo informações do site internacional Successful Farming, na quinta-feira, os mercados agrícolas do CME Group sofreram com a realização de lucros no final do mês.

Além disso, o relatório semanal de vendas de exportação do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) trouxe números fracos para demanda do milho com 599.200 milhões de toneladas, enquanto as expectativas de comércio giravam entre 500.000 e 1,3 milhão.

Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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