Milho fecha a semana decolando no Brasil e março/21 encosta nos R$ 86,00 na B3

Publicado em 08/01/2021 16:50 e atualizado em 08/01/2021 18:17
Chicago também sobe, mas segue esperando USDA

A sexta-fera (08) chega ao final com os preços do milho subindo no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, foram percebidas desvalorizações apenas na praça de Cascavel/PR (0,68% e preço de R$ 72,50).

Já as valorizações apareceram em Ubiratã/PR, Londrina/PR e Marechal Cândido Rondon/PR (0,69% e preço de R$ 73,00), Eldorado/MS (0,71% e preço de R$ 71,10), Panambi/RS (1,34% e preço de R$ 77,04), Pato Branco/PR (1,36% e preço de R$ 74,70), Não-Me-Toque/RS (1,37% e preço de R$ 74,00), São Gabriel do Oeste/MS, Maracaju/MS e Campo Grande/MS (1,39% e preço de R$ 73,00)

Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira

De acordo com o reporte diário da Radar Investimento, “o mercado do milho passou por algum estresse de abastecimento entre a virada de 2020 para 2021. No entanto, gradativamente surgem algumas ofertas de cereal fora do estado.O ritmo dos negócios é lento e o intervalos dos preços é grande”.

Para a SAFRAS & Mercado, “o mercado brasileiro de milho iniciou 2021 mantendo o cenário de firmeza nas cotações, com avanços nos valores do cereal em todas as regiões do país. A oferta ajustada à demanda, com aspectos externos e internos dando suporte, determinou novos aumentos nos preços”.

Os analistas da SAFRAS destacam que as altas nas cotações na Bolsa de Chicago e no dólar ante ao real sustentaram a firmeza nos preços dos portos do Brasil, o que também garantiu elevações no interior com o vendedor retraído em suas ofertas.

“Há uma grande preocupação agora com o início da alta de fretes com a chegada da safra de soja. Isso deve ser mais um elemento para possíveis valorizações do cereal”.

B3

Os preços futuros do milho operaram em alta durante toda a sexta-feira na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registraram movimentações positivas entre 0,26% e 0,54% ao final do dia.

O vencimento janeiro/21 foi cotado à R$ 83,22 com ganho de 0,26%, o março/21 valeu R$ 85,64 com valorização de 0,52%, o maio/21 foi negociado por R$ 81,10 com elevação de 0,43% e o julho/21 teve valor de R$ 75,00 com alta de 0,54%.

Com relação ao fechamento da última semana, os futuros do milho acumularam ganhos de 0,63% para o janeiro/21, de 2,56% para o março/21, de 1,95% para o maio/21 e de 4,17% para o julho/21 na comparação com a última quarta-feira (30).

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a demanda por milho tanto no Brasil, quanto no mercado internacional segue bastante aquecida, o que ajuda a sustentar as altas nas cotações do cereal.

Além disso, o otimismo do mercado mundial com a chegada das vacinas, a alta do dólar e a valorização do petróleo (que interfere no setor do etanol) também atuam para sustentar os preços.

Mercado Externo

Já os preços internacionais do milho futuro começaram o último dia da semana em alta, perderam força no meio do dia, mas recuperaram a tendência altista na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registraram movimentações positivas entre 1,25 e 2,25 pontos ao final da sexta-feira.

O vencimento março/21 foi cotado à US$ 4,96 com valorização de 2,25 pontos, o maio/21 valeu US$ 4,97 com elevação de 2,00 pontos, o julho/21 foi negociado por US$ 4,94 com alta de 1,25 pontos e o setembro/21 teve valor de US$ 4,56 com ganho de 1,25 pontos.

Esses índices representaram valorizações, com relação ao fechamento da última quinta-feira, de 0,40% para o março/21, de 0,40% para o maio/21, de 0,20% para o julho/21 e de 0,22% para o setembro/21.

Com relação ao fechamento da última semana, os futuros do milho acumularam elevações de 2,48% para o março/21, de 2,90% para o maio/21, de 2,92% para o julho/21 e de 2,24% para o setembro/21 na comparação com a última quinta-feira (31).

“Os futuros do milho continuam encontrando suporte durante os reveses intradiários. A agitação sobre a Argentina (que não está exportando mais milho até que a colheita da nova safra comece) abre as portas para o milho nos Estados Unidos por um curto período de tempo”, aponta Bob Linneman da Kluis Advisors.

O site internacional Successful Farming destaca ainda que o relatório de oferta/demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) poderá mudar o sentido das movimentações do milho em Chicago.

“O relatório do USDA na próxima semana fornecerá combustível suficiente para continuar alimentando as altas dos grãos? Pelos preços atuais, parece que os traders estão esperando alguns dados muito amigáveis. Se eles não conseguirem o que desejam, esteja preparado para testar o suporte negativo em um movimento rápido”.

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Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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