Argentina já plantou 68% da safra de milho e falta de umidade por afetar a produção

Publicado em 18/12/2020 13:55

O Ministério de Agricultura, Pecuária e Pesca da Argentina divulgou seu informe semanal de estimativas agrícolas revisando atualizando seus dados para a safra de milho 2020/21. Segundo a publicação, os trabalhos de plantio da nova safra seguem avançando pelo país e já atingem 68% do total.

Este índice avança cinco pontos percentuais com relação a semana anterior e fica em dois pontos percentuais atrás do que era registrado neste período para a safra anterior 2019/20. As regiões mais adiantadas são Bahia Blanca, Bolívar, Bragada, Junin, Pergamino, Salliqueló, Tandil, Corrientes e Tres Arroyos (100%), Buenos Aires e Entre Rios (97%), General Madariaga, Pehuajá e Rosário del Tala (96%).

“A semeadura do milho tardio ainda permanece. A ausência de chuvas em uma ampla região produtiva, que cobre principalmente o sul e oeste de Córdoba, Santiago del Estero, Chaco e norte de Santa Fé determinou uma menor área destinada ao milho precoce, e um aumento da área destinada ao tardio”, aponta o Ministério.

A publicação destaca ainda que, para áreas que começam os estágios reprodutivos, a falta de umidade adequada pode afetar a produção final. Já para a maior parte das lavouras, que se encontram em fase vegetativa, ainda há chance de recuperação, desde que haja chuvas suficientes.

Até o momento, 14% das lavouras estão emergindo, 67% estão em crescimento, 14% em floração e 5% já avançaram para enchimento.

O relatório também atualizou as expectativas de plantio e produção para a safra. A área plantada foi mantida em 9,4 milhões de hectares, uma queda de 1,1% em comparação aos 9,5 milhões de hectares do ciclo 2019/20. A produção considerada segue sendo a registrada na safra passada de 58,5 milhões de toneladas.

No que diz respeito a oferta e demanda, o país vizinho espera que, após iniciar com um estoque de 4,75 milhões de toneladas, a safra 2019/20 tenha produzido 58,50 milhões de toneladas para um consumo industrial de 3,89 milhões, animal de 17,25 milhões e exportações de 38,50 milhões, restando assim, apenas 3,61 milhões de toneladas de estoque final.

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Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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