Milho oscila no mercado físico nesta 3ªfeira sem pressão de compradores e vendedores

Publicado em 15/12/2020 17:17 e atualizado em 16/12/2020 09:18
Chicago fecha o dia estável

A terça-feira (15) chega ao final com os preços do milho oscilando para cima e para baixo no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, foram percebidas desvalorizações em Campo Novo do Parecis/MT (4,84% e preço de R$ 59,00), Tangará da Serra/MT (6,25% e preço de R$ 60,00) e Oeste da Bahia (14,92% e preço de R$ 62,50).

Já as valorizações apareceram nas praças de Pato Branco/PR (0,79% e preço de R$ 63,70), Ubiratã/PR, Londrina/PR, Cascavel/PR e Marechal Cândido Rondon/PR (0,81% e preço de R$ 62,50), Eldorado/MS (0,83% e preço de R$ 60,60), Cândido Mota/SP (1,59% e preço de R$ 64,00) e Amambaí/MS (1,61% e preço de R$ 63,00).

Confira como ficaram todas as cotações nesta terça-feira

De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, “as cotações do milho no mercado físico ficaram de lado nas praças paulistas. A ausência dos grandes compradores deixa o mercado com pouca dinâmica pelo lado da demanda, enquanto o produtor vende apenas volumes pontuais”.

Para a SAFRAS & Mercado, o mercado brasileiro de milho deve registrar preços firme, com menores disponibilidades de oferta por parte dos produtores. “Mesmo assim, a expectativa é de movimento calmo nos negócios, diante da proximidade do final de ano”, diz a publicação.

Segundo o consultor de SAFRAS & Mercado, Paulo Molinari, o mercado esteve bem calmo neste início de semana, com redução da oferta regional em relação à semana passada.

No Paraná, o novo relatório do Deral indicou que as lavouras de milho no estado melhoraram de qualidade nesta última semana. O índice considerado bom subiu de 77% para 79% do total de hectares cultivados.

Já no Mato Grosso, a expectativa do Imea é que as áreas cultivadas na segunda safra cresçam com relação ao ciclo passado e elevem a produção em 2,38% para um total de 36,29 milhões de toneladas.

B3

Os preços internacionais do milho futuro operaram em baixa durante boa parte da terça-feira, mas recuperaram um pouco de força na parte da tarde. As principais cotações registravam movimentações entre 0,59% negativo e 0,52% positivo por volta das 17h17 (horário de Brasília).

O vencimento janeiro/21 era cotado à R$ 75,85 com perda de 0,59%, o março/21 valia R$ 76,90 com ganho de 0,52%, o maio/21 era negociado por R$ 72,90 com alta de 0,14% e o julho/21 tinha valor de R$ 66,00 com estabilidade.

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o mercado brasileiro de milho segue na calmaria típica de fim de ano com as indústrias de ração já quase todas paradas ou parando esta semana.

“Essas indústrias empurram novas compras para o ano que vem e forçam o mercado pra baixo em busca de equilibrar os patamares do mercado interno com a exportação. Nos portos se indica na faixa de R$ 66,00 ou R$ 67,00, enquanto o mercado hoje comenta em torno de R$ 75,00, mas não tem mostrado negócios sem pressão de oferta e de compradores”, aponta Brandalizze.

O analista comenta ainda que o Brasil segue embarcando os volumes esperados para exportação já passando das 2,6 milhões de toneladas embarcadas em dezembro com 32,9 milhões de toneladas acumuladas no ano e totais condições de fechar o ciclo próximo das 34 milhões.

Mercado Externo

Já os preços internacionais do milho futuro contabilizaram recuos durante todo o dia, mas ganharam força no final da tarde e terminaram o dia próximos à estabilidade. As principais cotações registraram movimentações positivas entre 0,25 e 0,75 pontos ao final da terça-feira.

O vencimento março/21 foi cotado à US$ 4,24 com valorização de 0,75 pontos, o maio/21 valeu US$ 4,27 com alta de 0,50 pontos, o julho/21 foi negociado por US$ 4,28 com ganho de 0,25 pontos e o setembro/21 teve valor de US$ 4,13 com elevação de 0,25 pontos.

Esses índices representaram estabilidade, com relação ao fechamento da última segunda-feira, para o março/21, para o maio/21 e para o julho/21.

Segundo informações do site internacional Blog Price Group, o milho quase não mudou e pareceu ficar preso entre o movimento de alta na soja e o movimento de baixa no trigo.

“Choveu em partes da Argentina e em grande parte do Brasil na semana passada e há mais previsões para as próximas duas semanas. Ninguém verá aguaceiros ou chuvas todos os dias, mas quase todos devem ter pelo menos alguma precipitação durante o período de duas semanas.  A atual seca é especialmente grave na América do Sul para a primeira safra de milho, mas a segunda safra também pode ser afetada devido ao plantio tardio no centro e norte do Brasil”, diz o analista de mercado do Blog Price Group, Jack Scoville.

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Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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