Preços do milho caíram em novembro, mas vão seguir firmes no 1º semestre de 2021, diz Itaú BBA

Publicado em 09/12/2020 10:30 e atualizado em 09/12/2020 11:59
Chicago seguirá sustentada com estoques que podem ser os menores desde 2014/15

A consultoria Itaú BBA divulgou seu relatório Agro Mensal analisando o atual cenário e apontando perspectivas para diversos produtos agrícolas brasileiros como soja, milho, algodão, açúcar, café, laranja e proteínas animais.

No que diz respeito ao milho, os consultores apontaram que as cotações do cereal no Brasil cederam desde o início de novembro, com o Indicador Esalq/BM&Fbovespa caindo 9% no período.

O câmbio, a redução das margens das empresas de proteína animal, que reduz as possibilidades de pagar preços maiores, e o aumento da disponibilidade do produto com a proximidade da colheita em algumas praças foram os responsáveis por este movimento.

Apesar disso, o relatório destaca que a perspectiva é de preços firmes no curto prazo, apesar de ser esperada uma possível queda até o final do ano, com vendedores limpando os estoques para a chegada da safra de verão.

“Entretanto, as perdas estimadas para a safra no Rio Grande do Sul e Santa Catarina contribuem para consolidar a perspectiva de mercado bastante equilibrado no 1º semestre do próximo ano, o que tende a sustentar as cotações no mercado doméstico”, dizem os analistas.

Mercado Externo

Para as movimentações na Bolsa de Chicago (CBOT), o Itaú BBA espera para preços internacionais do milho firmes no curto prazo diante do cenário de balanço apertado nos Estados Unidos e de mais um ano de déficit global, o que deve trazer os níveis de estoques no mundo para 290 milhões de toneladas, o menor patamar desde a safra 2014/15.

“É válido ressaltar que esse número pode ser revisado para baixo diante das incertezas acerca da safra argentina, que está sendo plantada agora e que poderá ser afetada negativamente pelo La Niña, e também da safra brasileira”, aponta a publicação.

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Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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