Exportação de milho começa dezembro forte, mas deve fechar o ano abaixo da expectativa inicial, diz analista
O Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços divulgou, por meio da Secretaria de Comércio Exterior, seu relatório semanal que aponta as exportações acumuladas de diversos produtos agrícolas até o final da primeira semana de dezembro.
Nesses primeiros 4 dias úteis do mês, o Brasil exportou 1.144.825,8 toneladas de milho não moído. Este volume já representa 23,38% de tudo o que foi embarcado durante o mês de novembro (4.896.436,40 toneladas).
Com isso, a média diária de embarques ficou em 286.206,4 toneladas, patamar 16,90% menor do que a média do mês passado (244.821,8 toneladas). Em comparação ao mesmo período do ano passado, a média de exportações diárias ficou 44,31% maior do que as 198.324,1 do mês de dezembro de 2019.
Em termos financeiros, o Brasil exportou um total de US$ 216.384,40 no período, contra US$ 724.720,90 de todo dezembro do ano passado. Já na média diária, o atual mês contabilizou acréscimo de 56,75% ficando com US$ 54.096,10 por dia útil contra US$ 34.510,50 em dezembro do ano passado.
O preço por tonelada obtido registrou elevação de 8,62% no período, saindo dos US$ 174,00 do ano passado para US$ 189,00 neste mês de dezembro.
O analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, acredita que o país deve exportar 3,4 milhões de toneladas durante o mês de dezembro para encerrar o ano de 2020 com um total de 33 milhões de toneladas, abaixo das estimativas iniciais de 34,5 milhões.
De janeiro a outubro, os principais destinos das 29.820.822 toneladas de milho brasileiro foram Japão e Irã (13%), Vietnã (10%), Egito (8%), Taiwan (7,4%), Espanha (7,3%) e Coréia do Sul (6,9%). Já nas origens, o cereal brasileiro exportado veio, em sua maioria, do Mato Grosso (63,4%), seguido de Goiás, Paraná, Mato Grosso do Sul e Maranhão.
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