Conab reduz área do milho verão em 2%, mas aposta em produção total 2,3% maior do que a safra passada

Publicado em 10/11/2020 09:56 e atualizado em 10/11/2020 10:33

A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) divulgou seu boletim de acompanhamento da safra brasileira de grãos para o mês de novembro e apontou que a área cultivada com milho nesta primeira safra (verão) deve ser 2% menor do que o registrado na temporada passada. Até o momento, 50% das lavouras foram semeadas e os trabalhos devem se estender até janeiro de 2021.

A publicação explica que, em algumas áreas, o clima tem sido seco e com baixa umidade nos solos, dificultando o cultivo. Apesar disso, “a possibilidade de cultivo de milho em um segundo e até em um terceiro momento da safra atenuam e explicam a diminuição das áreas de milho nessa primeira safra”.

No total das três safras, a Conab estima que o Brasil irá cultivar 18.442,2 mil hectares e atingir a produção total de 104,9 milhões de toneladas, patamar 2,3% maior do que o que foi registrado no ciclo 2019/20.

Nas projeções de oferta e demanda, os técnicos mantiveram a estimativa de 68,7 milhões de toneladas para o consumo interno em 19/20 e de 71,8 milhões de toneladas para 20/21. “O crescimento do consumo para a 2020/21 ocorre devido ao bom desempenho esperado para o setor de proteína animal brasileiro no mercado exportador em 2021”, diz a Conab.

A Conab elevou também suas projeções de importação para 950 mil na safra 2019/20, anteriormente foi estimada em 900 mil toneladas. Para as importações da safra 2020/21 foi mantido um valor de 900 mil toneladas. “O ajuste se deve à necessidade de produto necessário para suprir o consumo esperado para o início de 2021”, aponta o relatório.

Sendo assim, o estoque final esperado para a safra 2019/20 é de 10,5 milhões de toneladas, volume suficiente para atender a demanda por um mês e vinte dias, a partir de fevereiro de 2021. Já o estoque final da safra 20/21 é estimado em 9,5 milhões de toneladas, redução de 9,9%, suficiente para um mês de quinze dias de demanda após fevereiro de 2022.

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Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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