Preço do milho sobe no mercado físico e na B3 apoiado no câmbio

Publicado em 15/07/2020 16:59 e atualizado em 16/07/2020 09:25
Chicago fica estável mesmo com compras chinesas

A quarta-feira (15) chega ao final com os preços do milho levemente mais altos no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, foram percebidas desvalorizações apenas em Cascavel/PR (1,20% e preço de R$ 41,00) e Rio Verde/GO (2,50% e preço de R$ 39,00).

Já as valorizações apareceram nas praças de Tangará da Serra/MT (1,41% e preço de R$ 36,00), Rio do Sul/SC (2,33% e preço de R$ 44,00), Brasília/DF (2,63% e preço de R$ 39,00), Maracaju/MS (2,70% e preço de R$ 38,00), Campo Grande/MS (2,70% e preço de R$ 38,00) e Campo Novo do Parecis/MT (2,94% e preço de R$ 35,00).

Confira como ficaram todas as cotações nesta quarta-feira

De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, o milho segue firme em boa parte das regiões paulistas, apesar do avanço da colheita nas demais regiões produtoras. “O câmbio elevado destina boa do cereal que chega no estado para a exportação ao ponto que os negócios tem pouca alteração no físico”.

A Agrifatto Consultoria destaca ainda que, com a oferta aumentando para negócios no mercado interno e o dólar estabilizado na casa dos R$ 5,35, o milho dá sinais de que pode entrar em uma curva de desvalorização nas próximas semanas.

“O preço do cereal no mercado físico paulista já voltou a ser negociado abaixo dos R$ 49,50/sc, demonstrando que os vendedores voltaram a aceitar valores menores”.

B3

Os preços futuros do milho registravam altas na Bolsa Brasileira (B3) nesta quarta-feira. As principais cotações registravam movimentações positivas de no máximo 0,43% por volta das 16h21 (horário de Brasília).

O vencimento julho/20 era cotado à R$ 49,76 com ganho de 0,32%, o setembro/20 valia R$ 47,00 com valorização de 0,43%, o novembro/20 era negociado por R$ 48,10 com elevação de 0,21% e o janeiro/21 tinha valor de R$ 50,09 com estabilidade.

Os contratos do cereal acompanhavam as movimentações cambiais. Por volta das 16h39 (horário de Brasília), o dólar era cotado à R$ 5,38 com ganho de 0,29%.

Mercado Externo

Já os preços internacionais do milho futuro encerraram a quarta-feira praticamente inalterados na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registraram movimentações máximas de 0,25 pontos positivos ao final do dia.

O vencimento setembro/20 foi cotado à US$ 3,26 com alta de 0,25 pontos, o dezembro/20 valeu US$ 3,34 com elevação de 0,25 pontos, o março/21 foi negociado por US$ 3,44 com estabilidade e o maio/21 teve valor de US$ 3,51 com estabilidade.

Esses índices representaram estabilidade, com relação ao fechamento da última terça-feira, para o setembro/20, para o março/21 e para o maio/21, além de valorização de 0,30% para o dezembro/21.

Segundo informações da Agência Reuters, os contratos futuros do milho aumentaram apesar das perspectivas de clima geralmente favorável e chuvas adequadas no Meio-Oeste dos Estados Unidos.

A China registrou novas compras de milho nos EUA, confirmou o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) na quarta-feira, apesar das preocupações de que o principal comprador de produtos agrícolas americanos desacelerasse seu ritmo de importação depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, assinou uma ordem executiva que encerra o tratamento econômico preferencial para Hong Kong.

A publicação destaca ainda que, os contratos futuros de milho acompanharam os avanços no trigo e na soja, já que o clima benéfico das culturas era esperado na maior parte do Meio-Oeste para o saldo de julho, reforçando as expectativas de grandes colheitas neste outono.

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Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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