Preço do milho sobe neste primeiro dia da semana com vendedores evitando negociar

Publicado em 06/07/2020 17:14
Corações aumentaram no físico, B3 e Chicago

A segunda-feira (06) chega ao final com os preços do milho tendo poucas modificações no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, foram percebidas desvalorizações apenas em Rio do Sul/SC (2,33% e preço de R$ 42,00) e Amambaí/MS (2,50% e preço de R$ 39,00).

Já as valorizações apareceram nas praças de Palma Sola/SC (1,14% e preço de R$ 44,50), Cafelândia/PR (1,22% e preço de R$ 41,50), Dourados/MS (1,23% e preço de R$ 41,00), Panambi/RS (2,43% e preço de R$ 43,02), Não-Me-Toque/RS (2,47% e preço de R$ 41,50) e São Gabriel do Oeste/MS (2,70% e preço de R$ 38,00)

Confira como ficaram todas as cotações nesta segunda-feira

De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, o mercado físico do milho segue firme na maioria das praças produtores. “No entanto, as variações das cotações dos últimos dias tem andado bem alinhada às oscilações do dólar”.

Ainda neste início de semana, o Cepea divulgou sua nota semanal apontando que os preços internos e externos do milho seguem em alta. “No Brasil, mesmo com a colheita de segunda safra avançando, os valores têm sido sustentados pela retração de vendedores, que evitam negociar grandes lotes, pelas altas consecutivas nos portos e pela elevação no preço do frete”.

Nesse cenário, de 26 de junho a 3 de julho, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa, referente à região de Campinas (SP), subiu 3,1%, fechando a R$ 49,65/saca de 60 kg na sexta-feira (03).

B3

Os preços futuros do milho contabilizavam ganhos para a maior parte dos contratos na Bolsa Brasileira (B3) nesta segunda-feira (06). As principais cotações registravam movimentações entre 0,20% negativo e 0,62% positivo por volta das 16h21 (horário de Brasília).

O vencimento julho/20 era cotado à R$ 49,45 com ganho de 0,47%, o setembro/20 valia R$ 47,11 com valorização de 0,62%, o novembro/20 era negociado por R$ 49,40 com elevação de 0,10% e o janeiro/21 tinha valor de R$ 50,25 com queda de 0,20%.

O Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços divulgou, por meio da Secretaria de Comércio Exterior, seu relatório semanal que aponta as exportações acumuladas de diversos produtos agrícolas até o final da primeira semana de julho.

Nestes 3 dias úteis do mês, o Brasil exportou 286.906,4 toneladas de milho não moído, volume que corresponde a 82% de tudo o que foi exportado em todo o mês de junho. Com isso, a média diária de embarques ficou em 95.635,5 toneladas.

Em comparação ao mesmo período do ano passado, a média de exportações diárias ficou 62,88% menor do que as 257.671,8 do mês de julho de 2019. Em termos financeiros, o Brasil exportou um total de US$ 46,9 milhões no período, contra US$ 1,018 bilhão de julho do ano passado, queda de 64,71%.

Já o preço por tonelada obtido registrou decréscimo de 4,92% no período, saindo dos US$ 171,90 do ano passado para US$ 163,5 neste mês de julho.

O analista de mercado da Agrifatto Consultoria, Yago Travagini Ferreira, já destacava que os volumes embarcados registraram uma recuperação forte nos últimos dias de junho e deveriam seguir crescendo em julho, agosto e setembro. Já nos três últimos meses do ano, a concorrência com o milho norte-americano e ucraniano será mais forte e isso pode impactar no ritmo exportado brasileiro.

De janeiro à junho, os principais destinos do milho brasileiro foram Taiwan (24%), Japão (13%), Irã (11%), Vietnã (9,5%) e Egito (8,4%). Já nas origens, o cereal brasileiro exportado veio, em sua maioria, do Mato Grosso (48,2%), seguido de Rio Grande do Sul, Goiás, Paraná e Mato Grosso do Sul.

Mercado Externo

A Bolsa de Chicago (CBOT) também abriu a semana em alta para os preços internacionais do milho futuro. As principais cotações registraram movimentações positivas entre 2,50 e 4,00 pontos ao final do dia.

O vencimento julho/20 foi cotado à US$ 3,46 com valorização de 4,00 pontos, o setembro/20 valeu US$ 3,46 com ganho de 3,00 pontos, o dezembro/20 foi negociado por US$ 3,56 com elevação de 2,75 pontos e o março/21 teve valor de US$ 3,67 com alta de 2,50 pontos.

Esses índices representaram ganhos, com relação ao fechamento da última quinta-feira, de 1,17% para o julho/20, de 0,87% para o setembro/20, de 0,85% para o dezembro/20 e de 0,55% para o março/20.

Segundo informações da Agência Reuters, os futuros de milho nos Estados Unidos subiram nesta segunda-feira, com o tempo quente e seco esperado no Meio-Oeste do país adicionado às incertezas sobre as perspectivas de colheita, após estimativas de plantações governamentais abaixo do esperado na semana passada.

“Um padrão climático opressivo no meio-oeste permanece”, disse Matt Zeller, analista de mercado da corretora StoneX.

Os traders estão aguardando o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) atualizar os índices de condição da colheita em um relatório semanal que deve ser entregue ainda hoje. “A agência, em um relatório separado na semana passada, surpreendeu os traders ao atrelar as plantações de milho deste ano bem abaixo das estimativas comerciais e de sua própria estimativa anterior em março”, diz Tom Polansek da Reuters Chicago.

“Os comerciantes continuarão focados nos mapas climáticos esta semana, enquanto tentam decidir quanto prêmio climático deve ser adicionado a esses mercados”, disse o corretor Allendale.

Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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