Milho encerra a sexta-feira com leves ganhos em Chicago, mas cai na semana e no mês
A sexta-feira (31) chega ao final com os preços internacionais do milho futuro levemente maiores na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registraram acréscimos entre 0,50 e 1,75 pontos ao longo do dia.
O vencimento março/20 foi cotado à US$ 3,81 com valorização de 1,75 pontos, o maio/20 valeu US$ 3,86 com alta de 1,75 pontos, o julho/20 foi negociado por US$ 3,91 com ganho de 1,50 pontos e o setembro/20 teve valor de US$ 3,87 com elevação de 0,50 pontos.
Esses índices representaram altas, com relação ao fechamento da última quinta-feira, de 0,53% para o março/20, de 0,52% para o maio/20 e de 0,51% para o julho/20, além de estabilidade para o setembro/20.
Com relação ao fechamento da última sexta-feira (24), os futuros do milho acumularam perdas de 1,55% para o março/20, de 1,53% para o maio/20, de 1,51% para julho/20 e de 2,03% para o setembro/20, na comparação dos últimos sete dias.
Já na comparação do mês, as cotações do milho em Chicago contabilizaram quedas de 1,55% para o março/20, de 2,03% para o maio/20, de 2,49% para julho/20 e de 3,49% para o setembro/20, na comparação dos últimos trinta dias.
Segundo informações da Agência Reuters, os futuros do milho subiram mais nas compras técnicas, enquanto o trigo e a soja diminuíram com a disseminação do coronavírus, colocando os investidores em risco antes do fim de semana.
“A principal preocupação do mercado é que o medo do vírus arraste a economia global para mais perto de uma recessão, com algumas economias importantes provavelmente entrando em recessão. A China está basicamente encerrando sua economia para obter o controle do vírus”, disse Arlan Suderman, economista-chefe de commodities do INTL FCStone, em nota de pesquisa aos clientes.
O que reforçou as bases para o cereal, de acordo com a publicação, foram os novos sinais de boa demanda de exportação americana. O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) disse nesta sexta-feira que exportadores privados relataram a venda de 134.000 toneladas de milho para entrega na Coréia do Sul na campanha de 2019/20.
Mercado Interno
No mercado físico brasileiro, a sexta-feira registrou cotações permanecendo sem movimentações, em sua maioria. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, foram registradas valorizações em Tangará da Serra/MT (1,27% e preço de R$ 40,00), Campo Novo do Parecis/MT (1,30% e preço de R$ 39,00) e São Gabriel do Oeste/MS (4,88% e preço de R$ 43,00).
Já as valorizações foram percebidas nas praças de Luís Eduardo Magalhães/BA (1,03% e preço de R$ 47,00), Oeste da Bahia (1,57% e preço de R$ 47,00), Campinas/SP (1,84% e preço de R$ 52,21), Assis/SP (2,22% e preço de R$ 44,00), Dourados/MS (2,22% e preço de R$ 44,00) e Ubiratã/PR (2,44% e preço de R$ 40,00).
Veja mais cotações desta sexta-feira.
Em entrevista ao Notícias Agrícolas nesta sexta-feira, o pesquisador do Cepea, André Sanches, apontou que o início dos trabalhos de colheita da safra de verão, em especial no Rio Grande do Sul e no Paraná, começam a impactar nos preços do cereal, que já registraram leves quedas nos últimos dias.
Os compradores preferem aguardar para fecharem novos negócios, uma vez que quando o volume colhido de milho chegar ao mercado os preços devem registrar novas baixas e manter esta tendência no curto prazo.
Diante disso, a recomendação de Sanches é para que os produtores fiquem atentos ao mercado e busquem travar vendas futuras neste momento, já que a bolsa brasileira, apesar de registrar perdas nos últimos pregões, ainda remunera bem o cereal.
Já no médio e longo prazo a tendência é de que as cotações retomem patamares sustentados, já que a demanda interna e as perspectivas de exportação seguem sendo altas. O pesquisador ainda destaca que as condições climáticas para a segunda safra de milho no Brasil ainda não estão definidas e podem interferir diretamente nas movimentações de preços.
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