Milho encerra a quarta-feira em Chicago com poucos movimentos

Publicado em 08/01/2020 17:01
Principais cotações ficaram estáveis

A quarta-feira (08) chega ao final com os preços internacionais do milho praticamente estáveis na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registraram movimentações entre 0,25 pontos negativos e 1 ponto positivo ao longo do dia.

O vencimento março/20 foi cotado à US$ 3,84 com desvalorização de 0,25 pontos, o maio/20 valeu US$ 3,91 com queda de 0,25 pontos, o julho/20 foi negociado por US$ 3,97 com estabilidade e o setembro/20 teve valor de US$ 3,98 com ganho de 1 ponto.

Esses índices representaram estabilidade, com relação ao fechamento da última terça-feira, para o março/20, maio/20 e julho/20, além de elevação de 0,25% para o setembro/20.

Segundo informações do site internacional Blog Price Group, o milho fechou um pouco mais baixo e o principal fator continua sendo a falta de demanda para o cereal no curto prazo.

“A demanda de exportação foi decepcionante e o etanol e outras demandas industriais começaram a melhorar, mas enfrentam um caminho incerto pela frente. Grande parte da demanda aprimorada de etanol será vista quando, e se, a China começar a comprar. A demanda por alimentos permanece desconhecida, mas tem sido decepcionante nos últimos dois anos”, diz o analista de mercado Jack Scoville.

Mercado Interno

No mercado físico brasileiro, a quarta-feira registrou cotações permanecendo sem movimentações, em sua maioria. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, foram registradas desvalorizações apenas em Ponta Grossa/PR (2,38% e preço de R$ 41,00).

Já as valorizações foram percebidas nas praças de Não-Me-Toque/RS (1,28% e preço de R$ 39,50), Ubiratã/PR (1,30% e preço de R$ 39,00), Campinas/SP (1,93% e preço de R$ 52,21), Castro/PR (2,38% e preço de R$ 43,00), Jataí/GO(2,38% e preço de R$ 43,00), Rio Verde/GO (2,38% e preço de R$ 43,00) e Pato Branco/PR (2,55% e preço de R$ 40,20).

Em seu reporte diário, a Radar Investimentos apontou que o mercado físico do milho passa por um momento de estresse neste início de janeiro 2020. “O comprador que necessita se abastecer tem pago preços maiores”.

A Agrifatto Consultoria reportou o clima seco no Rio Grande do Sul aumenta os temores de perdas naquele estado, com o maior risco no radar pressionando para cima os valores do cereal.

“O fato é que o ano começou com valores firmes, com propostas de venda em R$ 41,00/sc no Mato Grosso do Sul (FOB), enquanto a ponta compradora resiste em pagar valores acima de R$ 40,00/sc. Para a safrinha, a indicação no MS fica ao redor de R$ 31,00/sc (retirada em agosto e pagamento no mês seguinte). No sul de Goiás, a disputa de braço tem valores em R$ 43,00/sc pela ponta vendedora, frente indicações em R$ 40,00/sc pelo lado comprador (retirada imediata e pagamento a prazo). Para a safrinha, os valores rondam os R$ 31,50/sc”.

Veja como ficaram as cotações nesta quarta-feira:

>> MILHO

Tags:

Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Chicago e colheita pesam na B3, que fecha 3ªfeira com milho em baixa
Clima ajuda avanço da colheita do milho no Paraná, indica Deral
Em Campos de Júlio (MT) produtor relata margem negativa em torno de 5% a 8% para o milho safrinha
Colheita do milho entra na reta final no Paraguai com expectativa de produção menor do que a esperada
Com estiagem prolongada, incêndio atinge áreas rurais do município de São Gabriel do Oeste/MS
Colheita do milho está 29 pontos percentuais adiantada com relação à safra passada, diz Conab