Milho fecha a quinta-feira estável em Chicago com pressão de colheita e demanda

Publicado em 14/11/2019 17:31

A quinta-feira (14) chega ao final com leves valorizações para os preços internacionais do milho futuro na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registravam altas entre 0,50 e 1,00 pontos.

O vencimento dezembro/19 foi cotado à US$ 3,75 com ganho de 0,50 pontos, o março/20 valeu US$ 3,84 com elevação de 0,75 pontos, o maio/20 era negociado por US$ 3,90 com valorização de 1,00 ponto e o julho/20 teve valor de US$ 3,96 com alta de 0,75 pontos.

Esses índices representaram estabilidade, com relação ao fechamento da última quarta-feira, para o dezembro/19 e para o março/20, e valorização de 0,26% para o maio/20 e de 0,25% para o julho/20.

Segundo informações do site internacional do Blog Price Group, o milho ainda está sentindo a pressão da colheita e a falta de demanda, mas as idéias de progresso da colheita foram um pouco mais lentas nesta semana com o clima muito frio observado no Meio-Oeste americano.

“O frio e a neve dificultam a colheita. Os agricultores demoraram a colher o milho e se concentraram na soja. Muitos produtores dizem que o milho não está secando rapidamente e o estão deixando na esperança de que a natureza ajude o progresso”, diz o analista de mercado da Price Futures Group.

O analista comenta ainda que “ainda há muito milho nos campos, mas as temperaturas devem moderar o restante desta semana e isso pode permitir uma colheita mais rápida, se o produtor quiser. Alguns optarão por deixar o milho de fora para obter o máximo de secagem natural possível e alguns que tiverem mais neve precisarão esperar que os solos se firmem”.

Mercado Interno

No mercado físico brasileiro, a quinta-feira registrou cotações permanecendo sem movimentações, em sua maioria. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, foram registradas desvalorizações apenas na praça de Sorriso/MT para o disponível (8,77% e preço de R$ 26,00) e balcão (15,38% e preço de R$ 22,00).

Já as valorizações foram percebidas em Pato Branco/PR (1,44% e preço de R$ 35,20), Ubiratã/PR (1,49% e preço de R$ 34,00) e Londrina/PR (1,49% e preço de R$ 34,00).

Em seu reporte diário, a Radar Investimentos apontou que o ritmo dos negócios caiu desde o final da semana anterior no mercado físico do milho paulista.

“Além disto, as tensões políticas deram o tom de alta no dólar, o que ajuda a drenar parte dos estoques para as exportações”, dizem os analistas.

Na última quarta-feira (13), a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) atualizou seu boletim mensal de oferta e demanda para a safra de grãos brasileira.

O levantamento não trouxe grandes novidades para a safra 2018/19 de milho, com a produção total sendo mantida em 100,05 milhões de toneladas e o consumo interno preservado em 63,90 milhões de tons.

Já as exportações foram revisadas novamente, subindo de 38,00 para 39,00 milhões de toneladas (+0,98%), e assim, reduzindo em 6% os estoques finais - calculados neste relatório em 13,83 milhões de toneladas.

Os estoques finais em 13,83 milhões de toneladas estão ligeiramente maiores do que os estoques médios das últimas 5 temporadas (em 12,81 milhões de toneladas).

Outro ponto importante no relatório da CONAB fica para as projeções de oferta e demanda na temporada 2019/20, indicando equilíbrio ainda mais ajustado entre a disponibilidade da matéria-prima e o consumo do cereal no próximo ano.

Veja como ficaram as cotações nesta quarta-feira:

>> MILHO

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Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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