Milho fecha terça-feira em alta na Bolsa de Chicago ainda como reflexo dos relatórios do USDA

Publicado em 01/10/2019 17:04
Analistas acreditam em manutenção das altas e bons preços de venda

A terça-feira (01) chega ao final com leves valorizações para os preços internacionais do milho futuro na Bolsa de Chicago. As principais cotações registraram altas entre 3,25 e 5,00 pontos neste primeiro dia do mês de outubro.

O vencimento dezembro/19 foi cotado à US$ 3,92 com alta de 4,50 pontos, o março/20 valeu US$ 4,04 com valorização de 5 pontos, o maio/20 foi negociado por US$ 4,09 com ganho de 4 pontos e o julho/20 teve valor de US$ 4,11 com elevação de 3,25 pontos.

Esses índices representaram valorizações, com relação ao fechamento da última segunda-feira, de 1,03% para dezembro/19, de 1,25% para o março/20, de 0,99% para o maio/20 e de 0,74% para o julho/20.

Segundo informações do Blog Price Group, o milho fechou em alta e alcançou novas máximas em resposta aos relatórios do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), que mostrou estoques muito mais baixos do que o previsto nos relatórios trimestrais.

“O USDA não fará nenhuma alteração na produção até janeiro, portanto, terá que mostrar aumento da alimentação e demanda residual para explicar a diferença. A estimativa de estoques ainda mostra uma abundância de suprimentos para o potencial de demanda, mas os EUA precisarão de uma boa safra para manter os suprimentos”, aponta o analista de mercado Jack Scoville.

Para o analista, a tendência é que esses altos preços permaneçam para os próximos dias. “O mercado foi pego de surpresa e se recuperou devido ao relatório. Os gráficos sugerem que uma cobertura mais curta será necessária antes que o rali atual possa ficar sem vapor. Assim, os produtores terão a chance de vender milho velho e novo a preços muito melhores no curto prazo”, comenta Scoville.

Além disso tudo, o avanço da colheita segue no radar do mercado. Com os trabalhos atingindo 11% de conclusão em 29 de setembro, de acordo com o último relatório de progresso de colheita do USDA. Isso é um passo em relação ao ritmo de 7% da semana anterior, mas fica muito atrás do ritmo de 25% de 2018 e da média de cinco anos de 19%.

“Do ponto de vista da qualidade, pouco mudou. O USDA classificou 57% da safra em boas ou excelentes condições (inalterado em relação à semana passada), com 29% classificado como justo (um ponto abaixo da semana passada) e os 14% restantes classificados como ruins ou muito ruins (um ponto acima da última semana). Essas classificações sugerem que o potencial de produção está agora em 169,25 bushels por acre (177 sacas por hectare)”, comenta o analista de grãos da Farm Futures, Ben Potter.

Mercado Interno

No mercado físico brasileiro, a sexta-feira registrou cotações permanecendo sem movimentações, em sua maioria. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, foram registradas desvalorizações apenas em Itiquira/MT (1,75% e preço de R$ 28,00) e Brasília/DF (3,23% e preço de R$ 30,00).

Já as valorizações foram percebidas nas praças de Campinas/SP (1,25% e preço de R$ 40,39), Porto Paranaguá/PR (1,32% e preço de R$ 38,50), Assis/SP (1,54% e preço de R$ 33,00), Pato Branco/PR (1,60% e preço de R$ 31,70), Rio Verde/GO (1,64% e preço de R$ 31,00), Cascavel/PR e Ubiratã/PR (1,76% e preço de R$ 30,50), Castro/PR (2,78% e preço de R$ 37,00), Rondonópolis/MT (3,45% e preço de R$ 30,00), Alto Garças/MT (7,14% e preço de R$ 30,00), Sorriso/MT disponível (23,81% e preço de R$ 23,81) e Sorriso/MT balcão (25% e preço de R$ 25,00).

De acordo com o boletim diário da XP Investimentos, as referências do milho registraram valorizações.

“A alta do dólar e os baixos estoques estimados pelo USDA são os pontos chave. Ontem o Departamento reduziu em 59,4% sua estimativa para os estoques trimestrais de milho. O número surpreendeu boa parte do mercado e, junto com a valorização do dólar frente ao real, tem gerado pressão altista. As indicações de porto, inclusive, sobem na esteira do mercado externo e, agora, estão em torno de R$ 40,50 por saca”.

Confira como ficaram as cotações nesta terça-feira:

>> MILHO

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Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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