Sexta-feira acaba com estabilidade, mas milho sobe mais de 3% na semana em Chicago

Publicado em 13/09/2019 17:09
Cotações foram influenciadas pela soja e pelos relatórios do USDA

A semana chega ao fim com leves altas, próximas da estabilidade, para os preços internacionais do milho futuro na Bolsa de Chicago (CBOT). As principias cotações registraram ganhos entre 1,00 e 1,75 pontos nesta sexta-feira (13).

O vencimento setembro/19 foi cotado à US$ 3,55 com alta de 1 ponto, o dezembro/19 valeu US$ 3,68 com elevação de 1,50 pontos, o março/20 foi negociado por US$ 3,79 com valorização de 1,75 pontos e o maio/20 teve valor de US$ 3,90 com ganho de 1,50 pontos.

Esses índices representaram valorização, com relação ao fechamento da última quinta-feira, de 0,28% para o setembro/19, 0,27% no dezembro/19, de 0,53% para o março/20 e de 0,26% para o maio/20.

Com relação ao fechamento da última sexta-feira (06), os futuros do milho acumularam ganhos de 3,80% no contrato setembro/19, de 3,66% no dezembro/19, de 3,53% no março/20 e 3,45% no maio/20 na comparação dos últimos sete dias.

Segundo informações da Agência Reuters, os três mercados (milho, soja e trigo) estavam no caminho para seus maiores ganhos semanais desde o meio do verão americano, mesmo que os ganhos do milho e do trigo tenham sido mais baixos, já que as preocupações com os suprimentos onerosos compensam o apoio à propagação de soja mais alta.

“Os mercados de grãos têm lutado para avaliar as perspectivas de colheita nos Estados Unidos após o plantio excepcionalmente tardio durante uma primavera afetada pela chuva, seguido por sinais de bom potencial de produção em algumas zonas, à medida que as condições climáticas melhoravam”, aponta Karl Plume da Reuters Chicago.

De acordo com o analista de mercado do Blog Price Group, Jack Scoville, os relatórios do USDA foram um pouco pessimistas para o mercado, uma vez que a produção e os rendimentos foram reduzidos, mas não tanto quanto o comércio esperava.

“Os estoques finais para o próximo ano foram superiores à estimativa média do comércio. Há uma boa chance de que o USDA precise diminuir mais a produção, uma vez que vê espigas de milho mais maduras e também uma boa chance de a área colhida ser menor devido a todos os problemas climáticos nesta primavera. As previsões meteorológicas atuais agora exigem temperaturas moderadas a acima do normal para as próximas duas semanas e esse clima seria benéfico para o desenvolvimento da safra”, aponta Scoville.

Mercado Interno

No mercado físico brasileiro, a sexta-feira registrou cotações permanecendo sem movimentações, em sua maioria. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, as únicas desvalorizações registradas aconteceram em Campo Novo do Parecis/MT (2% e preço de R$ 24,50) e Brasília/DF (8,62% e preço de R$ 26,50).

Já as valorizações foram percebidas nas praças de Assis/SP (1,01% e preço de R$ 30,00), Castro/PR (2,86% e preço de R$ 36,00) e Luís Eduardo Magalhães/BA (3,23% e preço de R$ 32,00).

Veja mais cotações desta sexta-feira.

A Agrifatto Consultoria apontou que “o relatório do USDA desta semana pressionou positivamente as indicações em Chicago, contagiando também os futuros na B3. O contrato para novembro/19 subiu 1,0% no pregão ontem, com fechamento em R$ 39,09 por saca – maior patamar desde 09 de agosto”.

Relembre outras notícias sobre o milho desta semana:

>> Milho: Forte demanda externa eleva preços na maior parte das regiões

>> Após 2ªsafra de milho com bons rendimentos, Toledo/PR se preocupa com as condições de plantio da soja

>> Média diária de exportações brasileiras de milho em setembro é 131,4% maior do que ano passado

>> Milho: colheita avança em 99% no Paraná, segundo Deral

>> Embarques de milho somam US$ 1,34 bi em agosto, alta de 169,2%

>> Exportação de milho deve registrar novo recorde em 2019 podendo superar 34 milhões de toneladas, diz Anec

>> Milho segunda safra tem produtividade variando entre 50 e 150 sacas por hectare em Darcinópolis/TO

>> Empresas públicas e privadas unem esforços para pesquisar doenças de milho segunda safra

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Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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