Milho: Expectativa de clima bom no EUA derruba cotações em Chicago

Publicado em 22/07/2019 17:16

A segunda-feira (22) se encerra com desvalorizações nos preços internacionais do milho futuro na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registraram quedas entre 7,50 e 9,00 pontos.

O vencimento setembro/19 foi cotado à US$ 4,22, com queda de 8,50 pontos, o dezembro/19 valeu US$ 4,26 com baixa de 9,00 pontos e o março/20 foi negociado por US$ 4,35 após desvalorização de 8,25 pontos.

Com relação ao fechamento do mercado da última sexta-feira (19), o setembro/19 caiu 1,86% e o dezembro/19 baixou 2,07%.

Segundo informações da Agência Reuters, os contratos futuros de milho de Chicago recuaram nesta segunda-feira, com as esperanças de queda nas compras chinesas e as previsões de temperaturas mais baixas no Meio-Oeste dos Estados Unidos diminuindo as preocupações com a perda de produtividade.

As temperaturas estão começando a esfriar em grande parte do Cinturão de Milho depois que tempestades e calor extremo no fim de semana ameaçaram conter a produção de milho dos EUA, aponta o Commodity Weather Group.

“Os comerciantes também estão aguardando o relatório semanal de progresso de safra do Departamento de Agricultura dos EUA. As expectativas são de que o número de áreas em boas ou excelentes condições permaneça sem alteração com relação ao da semana passada”, diz Barbara Smith da Reuters Chicago.

Confira mais informações sobre o clima nos EUA:

>> Corn Belt deve ter condições mais favoráveis de clima nos próximos dias; grãos recuam

Mercado Interno

Já no mercado físico brasileiro, a semana começa com as cotações permanecendo sem movimentações, em sua maioria. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, a única praça que apresentou valorização foi Brasília/DF (3,45% e preço de R$ 30,00).

As desvalorizações foram percebidas em Campinas/SP (1,29% e preço de R$ 37,43), Assis/SP (1,59% e preço de R$ 31,00), Dourados/MS (1,64% e preço de R$ 30,00), Pato Branco/PR (1,68% e preço de R$ 29,20), Londrina/PR e Ubiratã/PR (1,79% e preço de R$ 27,50), Sorriso/MT balcão (4,35% e preço de R$ 22,00) e Sorriso/MT disponível (8,33% e preço de R$ 22,00).

Confira como ficaram as cotações nesta segunda-feira:

>> MILHO

Segundo a Agrifatto Consultoria, “o mercado físico segue com fluxo baixo (apenas entregas das negociações do início da safrinha), com agentes observando os preços de porto para tentar balizar os preços. Estes, por sua vez, voltaram a operar em ambiente baixista, dado recuo representativo em Chicago, da taxa de câmbio e dos prêmios”.

Ainda nesta segunda-feira, o Cepea divulgou que “com o avanço da colheita, a perspectiva de alta disponibilidade de milho nas próximas semanas tem pressionado as cotações no mercado interno desde o início de julho. Apesar de os preços externos também estarem em queda, a movimentação nos portos brasileiros voltou a aumentar nos últimos dias, influenciada pela competitividade e pela disponibilidade do cereal brasileiro”.

Em Campinas (SP), região referência para o Indicador ESALQ/BM&FBovespa, novamente compradores se mantiveram afastados na maior parte da semana. O Indicador fechou a R$ 36,88/saca de 60 kg, na sexta-feira, 19, queda de 0,9% frente ao do dia 12.

Já no que diz respeito a colheita brasileira, a AgRural divulgou em comunicado que 67% da área plantada na região centro-sul já foi colhida, ante 36% no mesmo período do ano passado.

Confira mais detalhes sobre as movimentações do mercado interno:

>> Milho: Progresso da colheita e ausência de compradores enfraquece cotações

>> Colheita da 2ª safra de milho atinge 67% da área no centro-sul, diz AgRural

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Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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