Comentários de Trump no Twitter esfriam negociações EUA-China e preço do milho despenca em Chicago
A semana começa com grandes quedas para os preços internacionais do milho futuro na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registravam desvalorizações entre 10,00 e 11,25 pontos por volta das 09h14 (horário de Brasília).
O vencimento maio/19 era cotado à US$ 3,52, o julho/19 valia US$ 3,59 e o setembro/19 era negociado por US$ 3,66 nessa segunda-feira (06).
Segundo análise de Bryce Knorr da Farm Futures, uma nova ameaça do presidente Trump no domingo para aumentar as tarifas sobre a China jogou uma bola curva em negociações comerciais que pareciam estar caminhando para um acordo. A nova incerteza fez com que tudo, de estoques aos grãos, caíssem acentuadamente durante a noite, afastando o foco do mercado de grãos do clima.
Trump disse ontem que as tarifas de US $ 200 bilhões em bens chineses aumentariam de 10% para 25% na sexta-feira, com novas penalidades também impostas, porque a China estava arrastando seus pés nas negociações. As conversações foram marcadas para retomar esta semana em Washington depois do que parecia ser um progresso quando os dois lados se encontraram em Pequim na semana passada. Trump reafirmou sua posição nesta manhã em novos comentários no Twitter.
“A tensão comercial recente vem depois de um fim de semana bastante seco em grande parte do Cinturão do Milho, uma pausa que não durará muito. Mais tempestades podem levar a chuva pesada das planícies do sudeste ao Delta e ao norte do rio Missouri até as cidades gêmeas na próxima semana. Isso poderia acrescentar pressão adicional a um sistema fluvial já fechado de St. Louis a Muscatine, Iowa, com força maior em vigor ao longo dos rios Illinois e Mississippi”, diz Knorr.
Além disso, os comerciantes estarão observando o progresso do plantio nesta tarde, com o principal teste do mercado na atualização da próxima segunda-feira do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). “A menos que os produtores façam progressos muito rápidos após as tempestades desta semana, a safra de 2019 pode começar com uma mão amarrada nas costas. Embora os atrasos não garantam uma produção menor, isso poderia incentivar uma cobertura mais curta de fundos que só na semana passada registraram uma baixa recorde do milho”, pontua o analista.
Confira como fechou o mercado na última sexta-feira: