Milho: Leves altas nos preços internacionais nesta sexta-feira

Publicado em 08/02/2019 11:14

Os preços internacionais do milho na Bolsa de Chicago (CBOT) operam com leves altas ao longo dessa sexta-feira (07). As principais cotações registravam valorizações de 1,50 pontos por volta das 11h44 (horário de Brasília). O vencimento março/19 era cotado a US$ 3,78, o maio/19 valia US$ 3,85 e o julho/19 era negociado a US$ 3,93.

Segundo informações de Tony Dreibus da Successful Farming, o milho e os demais grãos foram modestamente mais altos após a liquidação de ontem, já que os caçadores de pechinchas estão mais otimistas em relação ao comércio.

O mercado segue com ceticismo sobre um acordo comercial entre os EUA e a China. O presidente Trump confirmou ontem um relatório dizendo que provavelmente não se encontrará com o presidente da China, Xi Jinping, antes do prazo final de 1 de março. Ainda assim, os conselheiros continuam dizendo que o presidente está otimista em relação a um acordo comercial.

B3

Já na bolsa brasileira os preços do milho seguem estáveis e misturados nessa sexta-feira. As principais cotações registravam movimentações entre 0,39% negativo e 0 pontos por volta das 11h44 (horário de Brasília). O vencimento março/19 era cotado a R$ 40,95, o maio/19 valia R$ 38,65 e o julho/19 era negociado a R$ 35,40.

De acordo com a XP Investimentos, as cotações no mercado físico do milho estão de lado. A disputa entre os compradores e vendedores está acirrada, o que não trouxe maiores movimentos de preços. Por outro lado, o clima tem sido um ponto de atenção em boa parte do Centro-Sul.

Para a Agrifatto Consultoria, há relatos de maior demanda de milho para exportação, com as indicações subindo 5,00% no porto de Paranaguá/PR nos últimos 15 dias, passando de R$ 36,07 para R$ 37,90/sc na última parcial levantada pelo CEPEA. No porto de Rio Grande/RS a demanda também avança, com referência ao redor de R$ 38,50/sc. Mas a chegada de maior volume de soja nos portos pode mudar o foco dos embarques para a oleaginosa.

Além das exportações e da alta do câmbio colaborando para firmeza dos valores do milho no físico, o forte período de estiagem nesta safra reduziu substancialmente o potencial de suporte das pastagens. Sem alternativas para terminação dos bovinos, há regiões onde avança a necessidade de sistemas intensivos de engorda. É neste cenário que a necessidade pelo milho também deve continuar firme.

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Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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