Milho: Cotações têm dia de estabilidade em Chicago nesta 2ª; futuro recua também no BR
O mercado internacional do milho trabalhou durante todo o pregão desta segunda-feira (22) com estabilidade para terminar o dia com leves altas na Bolsa de Chicago. Os futuros do cereal subiram entre 2 e 2,50 pontos nos principais vencimentos, com o contrato dezembro/18 valendo US$ 3,69 e o março/19, US$ 3,81 por bushel.
Como explicam analistas internacionais, o mercado espera por novidades que possam movimentar de forma mais intensa as cotações, porém, segue pressionado pela melhora do clima no Meio-Oeste americano, que permitiu uma retomada dos trabalhos de colheita da safra 2018/19.
Apesar disso, as preocupações com a qualidade dos grãos norte-americanos em função das adversidades de clima das última semanas no Corn Belt deram, segundo Ben Potter, analista de mercado da Farm Futures, algum suporte aos preços neste início de semana.
Além disso, as últimas previsões climáticas mostram que o tempo mais quente nas regiões produtoras americanas devem durar pouco tempo, com as temperaturas mais baixas podendo chegar do meio para o final desta semana. Já as chuvas para os próximos dias, de acordo com o NOAA, o serviço oficial de clima do governo americano, deverão ser de moderada intensidade.
O mercado em Chicago também sentiu uma ligeira retomada técnica dos preços depois de perder mais de 1% na semana passada, encontrando também combustível nos números bons dos embarques semanais norte-americanos.
Os embarques semanais de milho foram registrados, na última semana, em 949,168 mil toneladas e ficaram dentro do intervalo das expectativas do mercado, de 900 mil a 1,2 milhão de toneladas. Ao contrário da soja, o total de milho embarcado pelos EUA já é bem maior do o total do ano passado, nesse mesma época, ao somar 7.823,167 milhões. Na temporada anterior, o volume era de pouco mais de 4,5 milhões.
Mercado Brasileiro
No Brasil, o dólar começou a semana em baixa e caiu 0,74% nesta segunda-feira, para R$ 3,68. O otimismo do mercado financeiro com a eleição de Jair Bolsonaro continua e permanece como foco dos investidores.
Com isso, as cotações do milho na B3, a bolsa brasileira, acompanharam a movimentação da moeda americana e também recuaram neste primeiro pregão da semana. O novembro liderou as baixas e fechou com queda de 1,27%, para R$ 34,95 por saca. As demais posições cederam entre 0,17% e 0,34%.
Já no interior do país, os preços se mantiveram estáveis na maior parte das praças de comercialização, com pontuais exceções. Em Tangará da Serra/MT, a saca do milho subiu 2,13% para R$ 24,00, enquanto Sorriso/MT perdeu 7,89% para R$ 17,50. A referência base Campinas foi a R$ 34,97, perdendo 1,38%.
No porto de Rio Grande, a referência agosto/19 foi manteve os R$ 35,00, estáveis.