Milho: Após tocar maior nível em um mês, mercado recua nesta 4ª na CBOT com correção técnica

Publicado em 26/09/2018 17:21

O pregão desta quarta-feira (26) foi de ligeiras perdas aos preços do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais posições da commodity exibiram quedas entre 0,75 e 1,00 pontos, depois de subirem nas últimas cinco sessões. O vencimento dezembro/18 era cotado a US$ 3,63 por bushel, enquanto o março/19 trabalhava a US$ 3,75 por bushel.

"O mercado passou por uma correção técnica depois de atingir os níveis mais altos em um mês no pregão anterior", informou o site internacional Farm Futures.

Sem novidades, os participantes do mercado permanecem atentos ao avanço da colheita nos Estados Unidos e também na demanda. Até o momento, os produtores americanos já colheram 16% da área plantada nesta temporada, segundo dados do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).

Por outro lado, o departamento reporta amanhã seu novo boletim semanal de vendas para exportação. O órgão tem trazido bons números nas últimas semanas, o que tem dado suporte aos preços do cereal também.

A perspectiva dos participantes do mercado é que o órgão reporte as vendas de milho entre 900 mil a 1,3 milhão de toneladas. Na semana anterior, o número ficou em 1.383,7 milhão de toneladas.

"A pressão sazonal da atual safra de milho dos EUA viu o apoio compensatório da forte demanda de exportação e preocupações com o tempo úmido reduzindo o trabalho de campo em algumas áreas", informou a Reuters internacional.

Mercado interno

A quarta-feira foi de leves movimentações aos preços do milho no mercado doméstico. Conforme levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, em Ponta Grossa (PR), a queda foi de 2,63%, com a saca do cereal a R$ 37,00.

Na região de Assis (SP), a perda ficou em 1,49%, com a saca a R$ 33,00. Em Campinas (SP), a saca de milho fechou o dia a R$ 39,40, com desvalorização de 1,23%. Nas demais praças, o dia foi de estabilidade aos preços do cereal.

Os analistas ainda reforçam que os negócios permanecem lentos diante da queda de braços entre os vendedores e os compradores. De um lado, os vendedores ainda seguram o cereal em armazéns e, de outro, as indústrias apostam em uma maior disponibilidade do produto no mercado devido ao ritmo mais lento dos embarques até esse momento.

No acumulado da temporada, o Brasil já exportou 6,25 milhões de toneladas de milho, conforme dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC). No anterior, o país exportou, no total, 30,84 milhões de toneladas.

"Apesar de termos uma quebra na safrinha, de certa forma, os preços têm acompanhado a paridade de exportação. E apesar de volumes ainda menores do que os observados no ano passado, podemos terminar esse trimestre com uma quantia robusta embarcada, chegando a 27 milhões de toneladas de milho", afirma o analista de grãos da Rabobank, Victor Ikeda.

Leia mais:

>> Milho: Preços recuam em setembro com queda de braços entre compradores e vendedores

Dólar

A moeda norte-americana recuou 1,39% nesta quarta-feira, fechando o pregão a R$ 4,0262. Esse é o menor valor desde o dia 20 de agosto, quando a câmbio fechou o dia a R$ 3,9517.

"A queda foi influenciada pelo melhor desempenho de Jair Bolsonaro (PSL) em pesquisa eleitoral e após o Federal Reserve manter sua previsão sobre a trajetória gradual de aumento dos juros nos Estados Unidos", destacou a Reuters.

Confira como fecharam os preços nesta quarta-feira:

>> MILHO

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Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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