Milho: Em sessão volátil, mercado encontra suporte nas compras técnicas e fecha 5ª com leve alta na CBOT
Em mais uma sessão de volatilidade, as cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam a quinta-feira (6) em campo positivo. Depois de trabalhar dos dois lados da tabela, os vencimentos do cereal finalizaram o dia com pequenas altas entre 1,00 e 1,75 pontos.
O setembro/18 encerrou o pregão a US$ 3,53 por bushel, enquanto o dezembro/18 era cotado a US$ 3,66 por bushel. O março/19 finalizou a quinta-feira a US$ 3,78 por bushel e o maio/19 a US$ 3,85 por bushel. As posições acumularam valorizações entre 0,26% e 0,50%.
"Os contratos do milho fecharam o dia mais firmes, apoiados por compras técnicas, com cobertura de posições. Apesar da pressão do mercado de trigo e das expectativas de uma grande safra nos EUA", reportou a Reuters internacional.
Mesmo com a redução no índice de lavouras em boas ou excelentes condições no país, a expectativa ainda é de uma grande safra nesta temporada. O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) revisou para baixo, para 67%, o índice de lavouras em boas ou excelentes condições no início dessa semana. Os participantes do mercado também aguardam dados sobre a colheita nos EUA.
O site internacional Farm Futures também reportou que a perspectiva favorável para o boletim de vendas semanais, que será divulgado nesta sexta-feira (7), contribuiu para dar suporte aos preços. Na semana anterior, as vendas da safra velha ficaram em 175,4 mil toneladas.
Já da safra nova o volume ficou em 525 mil toneladas do cereal. O volume foi negociado para o México.
Mercado interno
Já no mercado interno, as cotações exibiram ligeiras movimentações em véspera de feriado, em comemoração ao Dia da Independência, no Brasil. Segundo levantamento da equipe do Notícias Agrícolas, em Campo Novo do Parecis (MT), a saca subiu 4,55% e fechou o dia R$ 23,00.
Em Brasília, a alta foi de 3,13%, com a saca de milho a R$ 33,00. Na região de São Gabriel do Oeste (MS), o ganho ficou em 1,61%, com a saca a R$ 31,50. Em Campinas (SP), a valorização foi de 1,25% com a saca a R$ 40,60.
Em contrapartida, em Sorriso (MT), a saca caiu 8,00% e fechou a quinta-feira a R$ 23,00. Segundo destacam os analistas, as cotações ainda encontram suporte na postura dos produtores brasileiros em segurarem as vendas do cereal nesse momento.
Contudo, o analista de mercado da Agrinvest, Marcos Araújo, reforçou que os produtores devem estar atentos ao mercado. "O nosso milho está muito caro no mercado internacional em comparação com o produto norte-americano e da Argentina", destaca Araújo.
Além disso, o analista também pondera que o consumo doméstico pode recuar diante dos altos preços praticados atualmente. "Temos margens negativas, especialmente na suinocultura", disse.
Dólar
A moeda norte-americana fechou a quinta-feira com queda de 0,95%, a R$ 4,1042 na venda. Embora na semana o câmbio tenha acumulado valorização de 0,78%, conforme levantamento da Reuters.
"O dólar caiu nesta quinta-feira em meio à recuperação de divisas de países emergentes no exterior e após atentado sofrido pelo candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, levando o mercado a avaliar que isso poderia fazer candidatos mais à esquerda perderem fôlego na corrida eleitoral", reportou a Reuters.
Confira como fecharam os preços nesta quinta-feira: