Milho: Dólar dá suporte e preços fecham pregão desta 2ª feira com valorização de mais de 1% na bolsa brasileira
Na B3, os futuros do milho encerraram o pregão desta segunda-feira (3) em campo positivo. As principais posições da commodity exibiram valorizações entre 1,17% e 1,31%. O vencimento novembro/18 finalizou o dia a R$ 43,40 a saca e o janeiro/19 a R$ 44,26 a saca.
Sem a referência da Bolsa de Chicago, devido ao feriado do Dia do Trabalho comemorado nesta segunda-feira nos Estados Unidos, as cotações acompanharam a movimentação cambial. O dólar subiu 1,95% e encerrou a sessão a R$ 4,1520 na venda.
Conforme dados da Reuters, a moeda renovou o segundo maior patamar da história, atrás apenas do nível de R$ 4,1655, registrado no dia 21 de janeiro de 2016. A moeda continua a sua escalada impulsionada pelas preocupações com o cenário eleitoral no Brasil, também pela guerra comercial entre os Estados Unidos e seus parceiros e a crise na Argentina.
"O cenário ainda é incerto, tanto com a guerra comercial quanto com o desfecho das eleições. E ainda há menor liquidez com o feriado dos EUA", afirmou um profissional da mesa de câmbio de uma corretora local, referindo-se ao Dia do Trabalho norte-americano que manteve os mercados locais fechados, limitando o volume de negócios, destacou a Reuters.
Paralelamente, o andamento da colheita da safrinha no Brasil também segue no radar dos investidores. Em Mato Grosso do Sul, até a última sexta-feira, cerca de 87,7% da área semeada nesta temporada já havia sido colhida, segundo levantamento da Aprosoja MS.
No Paraná, o percentual colhido está próximo de 87% nesta temporada, de acordo com último reporte do Deral (Departamento de Economia Rural). Já em Mato Grosso, maior estado produtor do cereal na safrinha, a colheita atingiu 99,92% até a última sexta-feira. As informações são do Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária).
Enquanto isso, no mercado doméstico, a segunda-feira foi de estabilidade aos preços do cereal. De acordo com levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, em Sorriso (MT), a saca subiu 4,35% e fechou o dia a R$ 24,00. Em contrapartida, em Campinas (SP), o recuo foi de 2,29%, com a saca a R$ 42,60.
Ainda de acordo com dados do Cepea, as cotações do cereal apresentam comportamentos distintos nas principais regiões do país influenciadas pelas demandas e ofertas regionais. "Enquanto a retração de produtores ainda elevou as cotações do milho nas regiões do Centro-Oeste e do Sul, a maior disponibilidade pressionou os valores no mercado paulista", reportou o centro.
Contudo, a média do mês de agosto ficou em 10,6% superior a do mês de julho e 54,4% maior do que a de agosto de 2017, em termos nominais. A valorização ainda é decorrente da retração dos vendedores, em meio à menor produtividade e das incertezas em relação aos fretes e ao câmbio.
Bolsa de Chicago
Diante do feriado do Dia do Trabalho, a Bolsa de Chicago (CBOT) não operou nesta segunda-feira (3). Os negócios serão retomados nesta terça-feira (4).
Confira como fecharam os preços nesta segunda-feira: