Milho: Safra dos EUA dá suporte e mercado fecha a terça-feira com valorização de mais de 1% em Chicago
Nesta terça-feira (14), as cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) encerraram o dia em campo positivo. As principais posições da commodity ampliaram os ganhos e finalizaram a sessão com altas de 6 pontos, uma valorização de mais de 1%. O vencimento setembro/18 era cotado a US$ 3,62 por bushel, enquanto o dezembro/18 operava a US$ 3,76 por bushel.
Segundo informações das agências internacionais, as cotações voltaram a subir nesta terça-feira após três perdas consecutivas. Além disso, as atenções dos participantes do mercado permanecem voltadas ao clima no Meio-Oeste americano e nas condições das lavouras nos EUA.
"O mercado de milho ainda é sustentado pelo relatório de acompanhamento de safras do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), que mostrou as classificações de boa a excelente para a safra americana em 70%", destacou a Reuters internacional.
O número representa uma queda de 1% em relação ao índice reportado na semana passada, de 71%. 20% das plantações apresentam condições regulares e 10% estão em condições ruins ou muito ruins.
Apesar da redução, os mapas climáticos ainda indicam chuvas dentro da normalidade e temperaturas dentro e abaixo da média nos próximos dias.
Mercado doméstico
Conforme levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, a terça-feira foi de alta aos preços do milho praticados no mercado interno. Em Sorriso (MT), a saca subiu 10% e fechou o dia a R$ 22,00. Já em Brasília, a alta foi de 9,48% e a saca a R$ 31,75.
Na localidade de Campo Grande (MS), o preço subiu 3,33%, com a saca a R$ 31,00. Na região de Rio do Sul (SC), a saca do cereal subiu 2,86% e encerrou o dia a R$ 36,00. Em Ponta Grossa (PR), a saca finalizou o dia a R$ 37,00, com valorização de 2,78%.
Em Tangará da Serra (MT), a alta foi de 2,17%, com a saca a R$ 23,50. No estado de Goiás, as praças de Jataí e Rio Verde, apresentaram alta de 1,72%, com a saca do grão a R$ 29,50. Em Palma Sola (SC), o ganho ficou em 1,41%, com a saca a R$ 36,00.
Ainda no estado de Mato Grosso, em Primavera do Leste, Alto Garças e Itiquira, a alta foi de 0,75%, com a saca de milho a R$ 27,00. Em Luís Eduardo Magalhães (BA), o ganho foi de 1,61% e a saca a R$ 31,50. No Porto de Paranaguá, a saca futura, para entrega em setembro/18, ficou estável em R$ 40,50.
"A menor produção na temporada 2017/18, o vendedor mais comedido com relação à oferta, as questões relacionadas ao frete rodoviário (mercado travado) e a maior movimentação para exportação dão sustentação aos preços do milho no mercado interno, mesmo com a colheita da segunda safra em andamento", reportou a Scot Consultoria nesta terça-feira.
Ainda segundo a consultoria, a perspectiva é de mercado firme nos próximos meses. E também há uma expectativa de elevação nas exportações, especialmente no segundo semestre, tradicionalmente marcado pelo aumento nos embarques.
"De qualquer forma, continua o monitoramento do câmbio e das questões relacionadas ao frete rodoviário, que podem interferir nos embarques nacionais", reforçou a Scot Consultoria.
Dólar
A moeda norte-americana encerrou o dia a R$ 3,8669 na venda, com queda de 0,78%. De acordo com informações da Reuters, a moeda passou por uma correção nesta terça-feira acompanhando a movimentação no exterior e depois de ter subido nos últimos dois dias em meio às preocupações com a situação na Turquia.
Confira como fecharam os preços nesta terça-feira: