Milho: Mercado acompanha soja e fecha 4ª em campo negativo na CBOT após cinco altas consecutivas
Após as recentes valorizações, os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) encerraram o pregão desta quarta-feira (1) em campo negativo. As principais posições da commodity ampliaram as perdas ao longo do dia e finalizaram a sessão com quedas de quase 2%.
O contrato setembro/18 era cotado a US$ 3,65 por bushel, enquanto o dezembro/18 era negociado a US$ 3,79 por bushel. O março/19 trabalhava a US$ 3,90 por bushel, já o maio/19 finalizou o dia a US$ 3,96 por bushel.
De acordo com informações da Farm Futures, os preços do cereal recuaram acompanhando as quedas da soja. Os futuros da oleaginosa recuaram mais de 17 pontos em Chicago nesta quarta-feira, uma desvalorização de mais de 1,80%.
"Os preços do milho acompanharam os preços da soja na quarta-feira, uma vez que as relações comerciais EUA-China permanecem sem solução, embora se espere que a administração Trump forneça uma atualização ainda nesta quarta-feira", reforçou o portal.
A guerra comercial entre Estados Unidos e China voltou ao centro dos negócios essa semana. A nação asiática reportou nesta quarta-feira que a 'chantagem' não funcionará e que retaliará se os EUA tomarem outras medidas que dificultem o comércio, segundo dados da Reuters.
Outro fator que está no radar dos participantes do mercado é o desenvolvimento da safra norte-americana. As previsões climáticas indicam tempo mais seco em muitas regiões do cinturão de produção. Até o último domingo, cerca de 72% das lavouras do cereal apresentavam boas ou excelentes condições, conforme levantamento do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).
Mercado interno
Enquanto isso, no mercado doméstico o dia foi de ligeiras movimentações aos preços do milho. Conforme levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, o preço subiu 3,57% em Campo Grande (MS), com a saca a R$ 29,00. Na região de Sorriso (MT), o ganho foi de 2,22%, com a saca a R$ 23,00.
Em São Gabriel do Oeste (MS), a saca subiu 1,96% e fechou o dia a R$ 26,00. Já em Rio Verde (GO), a valorização foi de 1,79%, com a saca a R$ 28,50. Em Campinas (SP), a alta ficou em 1,30%, com a saca a R$ 39,10.
Por outro lado, no Porto de Paranaguá, a saca futura, para entrega em setembro/18, fechou o dia a R$ 39,00, com desvalorização de 2,50%.
No mercado doméstico, a retração vendedora por parte dos produtores ainda tem dado suporte aos preços do cereal. Por outro lado, a quebra no rendimento das lavouras da safrinha e o impasse do frete também contribuem para esse cenário.
Na região de Querência (MT), alguns contratos foram realizados antecipadamente para a safrinha de milho com valores entre R$ 18,00 a R$ 20,00 a saca. Atualmente, a saca do cereal é cotada ao redor de R$ 22,00 na região.
"Porém, os produtores estão aguardando melhores oportunidades para negociar o produto. Temos acompanhado negócios pontuais, para atender a demanda do confinamento na localidade. Os fretes mais longos, para os portos, não estão acontecendo", pondera o presidente do Sindicato Rural do município, Osmar Frizzo.
Dólar
A moeda norte-americana encerrou o dia a R$ 3,7589 na venda, com alta de 0,11%. "O dólar fechou com leve alta ante o real nesta quarta-feira após o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, não surpreender e manter sua taxa básica de juros, continuando a indicar que futuras e esperadas altas serão feitas de maneira gradual", reportou a Reuters.
Confira como fecharam os preços nesta quarta-feira: