Milho: Mercado tem dia de realização de lucros em Chicago e fecha 2ª feira com queda de mais de 6 pts
A sessão desta segunda-feira (9) foi negativa aos preços do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais posições da commodity ampliaram as perdas e finalizaram o pregão com quedas de mais de 6 pontos, uma desvalorização de quase 2%. O julho/18 operava a US$ 3,45 por bushel, já o setembro/18 era cotado a US$ 3,54 por bushel. O dezembro/18 trabalhava a US$ 3,67 por bushel.
De acordo com informações das agências internacionais, o mercado do cereal registrou um movimento de correção técnica, depois das fortes altas observadas na última sexta-feira. Além disso, as cotações também acompanharam as perdas registradas na soja, de mais de 20 pontos nesse início de semana.
Outro fator no foco dos participantes do mercado é o comportamento do clima no Meio-Oeste e as tensões entre EUA e China, que permanecem como pano de fundo aos negócios. As previsões climáticas reportadas nesta segunda-feira indicaram uma redução nas temperaturas no cinturão de produção.
Ainda assim, as temperaturas ainda deverão ficar acima da normalidade, entre os dias 15 a 19 de julho. Já as chuvas também deverão ficar acima do esperado no mesmo período, conforme dados do NOAA - Serviço de Meteorologia Oficial dos EUA.
Temperaturas previstas nos EUA entre os dias 15 a 19 de julho - Fonte: NOAA
Chuvas previstas nos EUA entre os dias 15 a 19 de julho - Fonte: NOAA
"Muito do foco do mercado hoje está na mudança previsão do tempo e a ideia de que o calor intenso não vai bater uma boa parte da polinização do milho nas próximas semanas ", disse Rich Nelson, estrategista-chefe da Allendale Inc.
Ainda hoje, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) indicou os embarques de milho em 1.446,9 milhão de toneladas na semana encerrada no dia 5 de julho. Na semana anterior, o número ficou em 1.538,5 milhão de toneladas. As informações foram reportadas pelo USDA.
No acumulado da temporada, os embarques do cereal somam 47.207,472 milhões de toneladas. O volume está abaixo do registrado no mesmo período do ano anterior, de 49.724,027 milhões de toneladas.
"Os participantes do mercado também já estão se preparando para o novo boletim de oferta e demanda do USDA, que será divulgado na próxima quinta-feira. As notícias da guerra comercial entre EUA e China também serão um fator, já que a possibilidade de novas tarifas serem impostas permanece", informou a Allendale Inc.
Mercado doméstico
Enquanto isso, no mercado doméstico, o início da semana foi de ligeiras movimentações aos preços do cereal. Segundo levantamento da equipe do Notícias Agrícolas, em Sorriso (MT), a queda foi de 14%, com a saca a R$ 17,20. Já em Brasília, o recuo ficou em 3,57%, com a saca a R$ 27,00.
Na região de Campo Novo do Parecis (MT), a perda foi de 4,76%, com a saca do cereal a R$ 20,00. No Paraná, nas praças de Londrina e Cascavel, a perda foi de 1,67%, com a saca a R$ 29,50.
As cotações permanecem pressionadas negativamente em meio ao avanço da colheita da segunda safra, conforme ponderam os especialistas. "Quanto aos negócios, a 'queda de braço' entre compradores e vendedores e indefinições quanto ao tabelamento de frete estão limitando os fechamentos de novos negócios", destacou o Cepea em seu comentário semanal.
BM&F Bovespa
Devido ao feriado do dia da Revolução Constitucionalista, comemorado nesta segunda-feira 9, em São Paulo, não há operações na BM&F Bovespa. As negociações serão retomadas nesta terça-feira (10).
Confira como fecharam os preços nesta segunda-feira: