Milho: mesmo com o nervosismo da disputa EUA X China, queda de até 13 pts em Chicago surpreende
Queda expressiva e até surpreendente. Assim analistas viram o andamento do milho na Bolsa de Chicago (CBOT) nesta quinta-feira (14), mesmo com o nervosismo com a aproximação do anúncio das sanções dos Estados Unidos à China, amanhã.
A perda maior foi no julho, 13 pontos, a US$ 3,63, seguida do setembro 12,75/US$ 3,72, e do dezembro menos 12,5 /US$ 3,84.
Se ainda for ponderada o relatório do USDA, que trouxe cortes significativos nos estoques finais mundiais, a “baixa também foi significativa para o pregão de hoje”, como colocou Marlos Correa, da InSoy Commodities.
Camillo Motter, da Granoeste, comentou ao Notícias Agrícolas, na passagem de Chicago no início da tarde (Brasília), o ‘fundamento’ Trump, que pode levar os chineses a retaliarem os americanos, mas o recuo ganhou mais 2 pontos em médias em todas as telas ao fechamento.
Mesmo assim, considerando que a decisão da administração dos EUA não dava mostras de mudar e o mercado já estaria precificado, os grande jogadores apostaram forte. “Os fundos de investimentos, nestas condições, optam por vender as suas posições compradas causando um alvoroço no mercado e fazendo com que outros investidores também entrem desmontando suas posições ‘long’ em CBOT”, explicou Correa.
Físico
A quase paralisação do movimento de grãos com o impasse sobre o frete tirou peso do mercado do Paraná e deixou sem negócios – e sem cotação – as principais praças do Mato Grosso.
Cascavel perdeu 3,23%, coma saca a R$ 30,00, o mesmo valor que em Londrina, que caiu 1,64%. Em Pato Branco, onde a oferta já é menor, o recuo foi de 4,52%, a R$ 31,70.
BM&F
Mesmo com o dólar mais forte, os negócios caíram na BM&F Bovespa. Certamente refletindo também a dificuldade de movimentação dos grãos e os poucos negócios no físico.
Julho perdeu 0,77%, a R$ 38,70, setembro menos 0,54%, a R$ 37,15, e novembro teve queda de 0,51%, a R$ 39,00.