Milho: Preços acompanham valorização cambial e sobem mais de 2% no pregão desta 5ª feira na BM&F
As cotações futuras do milho na BM&F Bovespa operam em alta nesta quinta-feira (7). As principais posições da commodity exibiam valorizações entre 1,67% e 2,34%, perto das 13h20 (horário de Brasília). O vencimento julho/18 era cotado a R$ 42,50 a saca e o setembro/18 trabalhava a R$ 40,53 a saca. O novembro/18 operava a R$ 42,50 a saca.
O mercado acompanha a forte valorização cambial observada nesta quinta-feira. Às 12h24 (horário de Brasília), a moeda era cotada a R$ 3,9058 na venda, com ganho de 1,76%. Depois de atingir o nível de R$ 3,9147 no dia, maior patamar intradia desde fevereiro de 2016.
"A alta obrigou o Banco Central a novamente anunciar intervenção extraordinária, tentando trazer mais equilíbrio ao mercado afetado pelo nervosismo dos investidores com as cenas política e fiscal locais", informou a Reuters.
Além disso, os participantes do mercado permanecem atentos ao cenário brasileiro. Diante das incertezas trazidas pelo tabelamento dos fretes, os negócios continuam travados. Em meio a esse cenário, os produtores rurais iniciam a colheita do milho segunda safra.
Nos principais produtores do cereal na safrinha, Mato Grosso e Paraná, o índice colhido se aproxima de 1% da área cultivada nesta temporada.
Bolsa de Chicago
Já na Bolsa de Chicago (CBOT), os preços voltaram a testar o lado negativo da tabela ao longo do pregão desta quinta-feira. Perto das 13h27 (horário de Brasília), os vencimentos do cereal exibiam quedas de mais de 2 pontos, com o julho/18 cotado a US$ 3,75 por bushel e o setembro/18 a US$ 3,85 por bushel.
O foco principal dos traders permanece no comportamento do clima no Meio-Oeste americano. Algumas previsões recentes mostram um clima mais favorável ao longo de junho, com o retorno das chuvas nas principais regiões produtoras.
Em julho, as previsões indicam tempo mais seco e chuvas abaixo da normalidade em Missouri, em Iowa, Nebraska, Minnesota e nas Dakotas. "Esse é o período crítico para o milho durante a polinização", disse ale Mohler, meteorologista agrícola do Accuweather.
Ainda hoje, o USDA reportou seu boletim semanal de vendas. Na semana encerrada no dia 31 de maio, as vendas de milho ficaram em 838,6 mil toneladas da safra velha. O número ficou dentro do esperado pelos participantes do mercado, entre 600 mil toneladas e 900 mil toneladas. O México foi o principal comprador, com 247,5 mil toneladas.
Da safra 2018/19, as vendas totalizaram 418,3 mil toneladas no mesmo período. Destinos desconhecidos foram os principais compradores do cereal americano, com a aquisição de 203,2 mil toneladas.