Milho: Com perspectiva de maior demanda, mercado amplia valorizações ao longo do pregão desta 6ª em Chicago

Na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros do milho ampliaram os ganhos ao longo do pregão desta sexta-feira (18). Perto das 12h54 (horário de Brasília), os principais vencimentos da commodity exibiam altas entre 6,50 e 7,50 pontos. O julho/18 trabalhava a US$ 4,02 por bushel e o setembro/18 trabalhava a US$ 4,11 por bushel.

"Os preços do milho estão mais altos, ganhando impulso durante a noite a partir das notícias sobre o sorgo. Embora a China não tenha importado muito milho dos EUA nos últimos anos após a repressão aos transgênicos, espera-se que seus estoques caiam este ano devido à queda na produção e ao crescente setor de etanol", reportou a Farm Futures.

A China acabou com as penalidades contra as importações de sorgo norte-americano impostas no início de 2018. "Embora o sorgo seja um mercado pequeno, o movimento deu esperança de que as vendas de outras commodities melhorarão, embora não esteja claro se o progresso real está sendo feito nas negociações comerciais", completa a Farm Futures.

Os participantes do mercado também permanecem voltados ao plantio da nova safra norte-americana. As previsões climáticas indicam chuvas nos próximos dias no Meio-Oeste dos EUA, cenário que pode paralisar a semeadura do cereal.

Até o último domingo, cerca de 62% da área prevista para essa temporada já havia sido cultivada, segundo dados do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). As informações serão atualizadas na próxima segunda-feira.

BM&F Bovespa

As cotações futuras do milho operam em campo positivo no pregão desta sexta-feira na BM&F Bovespa. As principais posições da commodity testavam valorizações de mais de 1%, perto das 12h00 (horário de Brasília). O vencimento julho/18 era cotado a R$ 43,50 a saca e o setembro/18 a R$ 42,08 a saca.

Além da forte alta em Chicago, as cotações também são impulsionadas pela valorização cambial. A moeda norte-americana era cotada a R$ 3,7488 na venda, com ganho de 1,29%, às 12h21 (horário de Brasília).

"O dólar mantinha nesta sexta-feira a trajetória de alta dos últimos pregões e se aproximou dos 3,80 reais mais cedo, com os investidores acompanhando o movimento da moeda ante divisas de países emergentes", informou a Reuters.

Por outro lado, as atenções dos participantes do mercado permanecem voltadas ao clima no Brasil. Apesar do retorno das chuvas em muitas regiões produtoras, o sentimento é de redução na produção de milho safrinha devido às intempéries climáticas.

Ainda nesta sexta-feira, a Safras & Mercado estimou uma redução de 27,6% na produção de milho safrinha. A perspectiva é que sejam colhidas 48,76 milhões de toneladas, frente as 67,36 milhões de toneladas colhidas no ciclo anterior.