Milho: Mercado recua nesta 4ª feira após ganhos recentes na BM&F; foco na previsão de chuvas no Brasil

Publicado em 09/05/2018 12:49

Depois dos ganhos expressivos registrados recentemente, os futuros do milho na BM&F Bovespa operam com ligeiras quedas no pregão desta quarta-feira (9). Perto das 12h05 (horário de Brasília), os principais vencimentos da commodity exibiam perdas entre 0,25% e 0,36%. O maio/18 era cotado a R$ 42,32 a saca e o julho/18 operava a R$ 41,80 a saca.

Além do movimento de correção técnica, os investidores também observam as previsões de chuvas para algumas regiões a partir dos próximos dias, conforme ponderam os especialistas. Os institutos de meteorologia voltaram a indicar precipitações, a partir da próxima semana, especialmente no Sul do Brasil.

Ainda assim, há especulações sobre a o volume e distribuição das chuvas e se elas serão suficientes para recuperar o potencial produtivo das lavouras de milho safrinha. Em muitas regiões, como no Paraná, por exemplo, onde as perdas são consolidadas e as chuvas somente estagnariam os prejuízos nas plantações.

Por outro lado, o dólar permanece no radar dos participantes do mercado. Nesta quarta-feira, a moeda norte-americana dá continuidade a sua escalada e, perto das 12h07 (horário de Brasília), bateu R$ 3,6012 na venda, com valorização de quase 1%.

"O câmbio sobe com a cena externa ainda pesando sobre os mercados diante de temores de juros maiores e tensões geopolíticas envolvendo os Estados Unidos e o Irã", informou a Reuters.

Bolsa de Chicago

Enquanto isso, na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros do milho ainda testam leves quedas e operam próximos da estabilidade nesta quarta-feira. Às 12h34 (horário de Brasília), os vencimentos do cereal registravam perdas entre 0,25 e 1,00 pontos. O maio/18 operava a US$ 3,94 por bushel e o julho/18 trabalhava a US$ 4,03 por bushel.

O mercado ainda trabalha em compasso de espera para as novas projeções de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). O órgão reporta nesta quinta-feira (10) as suas novas estimativas.

Do mesmo modo, a safra americana permanece no radar dos participantes do mercado. Até o último domingo, cerca de 39% da área projetada para essa temporada já havia sido cultivada, conforme dados do USDA. A média dos últimos cinco anos é de 44%.

"O progresso ficou para trás em estados importantes, como Minnesota e Dakota do Norte, e as previsões meteorológicas mostram chuvas essa semana que devem parar os trabalhos de campo", destacou a Reuters internacional em seu comentário diário.

A continuidade do clima seco no Brasil também está no foco dos traders. Em muitas regiões produtoras, as lavouras ainda precisam de chuvas e, em outras, como no caso do Paraná, as plantações já registram perdas consolidadas.

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Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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