Na falta de fundamento melhor do milho, especulação com atraso do plantio, mal iniciado, leva Chicago ao negativo

Publicado em 12/04/2018 17:31

Menos o relatório sobre a demanda pelo milho americano e mais as condições de plantio deram o tom no fechamento da Bolsa de Chicago (CBOT) nesta quinta-feira (12). E os futuros vão abrir os negócios amanhã em elevação.

O contrato de maio variou 1,75 ponto/US$ 3,88, enquanto o julho, mais forte para o Brasil, alcançou mais 1,5 ponto/US$ 3,97. Setembro e dezembro também ficaram em 1,5, respectivamente US$ 4,04 e US$ 4,13.

De acordo com o noticiário que cobre o CME Group, com base em analistas, os preços da commodity foram influenciados por possíveis “atrasos no plantio que começam a esquentar”. Mas está tudo tão no início, entre 2 e 3%, que não há nem mensuração.

Nos próximos dias, o tempo deverá cair para temperaturas mais baixas.

Também houve certo distendimento na opção militar dos Estados Unidos em relação à Síria, ajudando a dar uma trégua no dólar.

Quanto à demandam informada nesta quinta pelo USDA, as exportações para a semana que terminou em 5 de abril alcançaram 33,1 milhões de bushels em vendas de safras antigas e outros 2,2 milhões de bushels de novas safras, totalizando 35,3 milhões de bushels nas vendas totais. Isso estava abaixo das estimativas do comércio de 51,2 milhões de bushels, mas muito à frente da taxa semanal necessária para atingir as previsões do USDA, agora abaixo de 15,6 milhões de bushels.

BM&F Bovespa

As duas primeiras telas da bolsa em São Paulo fecharam mistas, mostrando, na alta de maio, alguma melhora na movimentação do mercado físico.

Assim, o futuro que vence o mês que vem subiu 0,67% e ficou em R$ 38,96. O julho recuou 0,46%, a R$ 36,95.

Físico

O mercado de balcão foi mexido apenas no Mato Grosso, em movimentos que foram sentidos no preços de Tangará da Serra, Campo Novo do Parecis e Sorriso.

Nos dois primeiros houve altas de 2 e 2,13%, respectivamente 25,50 e R$ 24,00. E, Sorriso, o milho mais barato do Brasil historicamente, o cereal despencou 12,5%, como resultado da baixa procura.

No Paraná, tudo igual aos últimos dias; R$ 30,00 em Cascavel, por exemplo.

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Por: Giovanni Lorenzon
Fonte: Notícias Agrícolas

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