Milho: sexta fecha em pequena alta na CBOT, mas semana perde de 1,11 a 1,44%
As chuvas chegando ao centro dos Estados Unidos e uma menor intenção de plantio fizeram o milho fechar a sexta (23) em leve alta na Bolsa de Chicago (CBOT). Mas a semana ficou em queda.
As variações neste último dia útil da semana foi de mais 1,25 a 1,5 ponto, com o março a US$ 3,77, o julho a US$ 3,85, o setembro a US$ 3,92 e o dezembro a US$ 3,99.
Segundo o noticiário que cobre a CME, “muita chuva está a caminho dos EUA centrais, esperadas no fim de semana em partes de Dakota, Iowa, Missouri, Illinois e no Vale do Rio Ohio. As temperaturas tendem a ser mais quentes que o normal nas planícies do sul e no centro-sul deste fim de semana, com o clima mais frio prevalecendo mais ao norte”.
O FarmFutures trouxe também que, em pesquisa de intenção de plantio, fazendeiros relataram queda de 0,2% em 2018, para 90 milhões de acres”.
Enquanto isso, o último relatório de vendas de exportação dos EUA, o milho viu 57,6 milhões de bushels em vendas de safras antigas e menos 600 mil nas vendas de novas safras, para exportações líquidas de 57,3 milhões de bushels. Isso ficou bem abaixo do total da semana anterior de 98,6 milhões de bushels - uma alta no ano de comercialização para 2017/18 e moderadamente abaixo das estimativas do comércio de 76,8 milhões de bushels.
A semana foi marcada por baixas moderadas, o que deixou um acumulado de 16 a 23 entre menos 1,11% (dezembro) e menos 1,44 % (maio), como pode ser acompanhado o gráfico preparado pelo economista André Lopes, do Notícias Agrícolas.
BM&F Bovespa
Com poucos negócios internos e externos, este ainda prejudicados por um dólar mais reforçado, roubando a competitividade do milho brasileiro, a BM&F Bovespa caiu pelo segundo dia consecutivo.
O maio perdeu 0,66%, R$ 37,75, e o julho caiu bem, a 2,86%, R$ 36,70, precificado por uma safrinha menor.
Físico
O dia foi misto nas praças menos importantes para o cereal no Brasil. No Paraná e Mato Grosso, pouca movimentação.
Cascavel mais um dia fixado em R$ 31,00 a saca, como Londrina, ao passo que em Campo Novo do Parecis caiu 2,22%, a R$ 22,00, com a safra colhida. As demais cidades produtoras relevantes dos dois estados permaneceram inalteradas.
A semana de 16 a 23, de acordo com o levantamento do economista André Lopes, ficou mista. No Rio Grande do Sul, uma safra meno, resultou em ganhos acima de 6%. Quedas em igual proporção foram observadas no Oeste da Bahia, seguido por Castro, no Paraná, com pouco mais de 4% de recuo, com produção e demanda retraída.
Cascavel, no mesmo estado, ficou estável, com variação zero no período. E no Mato Grosso, Sorriso teve a maior alta, de 5,88%. O gráfico abaixo é mais completo.