Milho amplia ganhos em Chicago com a safra sul-americana forçando especuladores a ficarem comprados

Publicado em 26/02/2018 13:46

Os especuladores e hedgers apostaram mais firme na alta do milho, assim como na soja, na Bolsa de Chicago nesta segunda (26) atrelado ainda às condições do clima irregular de chuvas na Argentina.

Assim, por volta das 13h30 (Brasília), as telas de todos os contratos abertos exibiam ganhos de 3 a 3,25 pontos (apenas o último de 2018 aberto, setembro em 2,75). O março passou negociado a US$ 3,69 o bushel e o maio a US$ 3,78, enquano julho e setembro, respectivamente, estavam fixados  em US$ 3,85 e US$ 3,92.

A perspectiva de menor safra global via menor produção argentina – ampliada que queda o milho brasileiro de 1ª e, mais ainda, de 2ª safra – por enquanto é referência para a especulação.

De olho, segundo notificou o Agriculture, site especializado na cobertura de commodities, os agentes começam a ficar na evidência de que essa quebra do cereal sul-americano não deverá afetar as vendas dos Estados Unidos no mercado internacional.

Embora a seca argentina reduza a produção lá, essa redução não afetará as vendas dos EUA muito no mercado internacional. Uma preocupação maior poderia ser o Brasil, onde as chuvas atrasaram a colheita da soja e poderiam afetar as plantações de milho de segunda safra.

As vendas de exportação divulgadas na sexta-feira diminuíram um pouco, mas ainda bastante fortes em 63,8 milhões de bushels, a maior parte da safra antiga. O USDA anunciou separadamente outra venda sexta-feira ao abrigo do sistema de relatórios diários para grandes compras, com o Egito levando 4,5 milhões de bushels.

BM&F Bovespa

As estatísticas da produção da Argentina numa tela e o cenário para o milho no Brasil têm dado bom fôlego às altas na bolsa de São Paulo.

Às 13h40, março vaiava 5,07% e o maio 4,72%, em, pela ordem, R$ 39,61 e R$ 37,75.

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Por: Giovanni Lorenzon
Fonte: Notícias Agrícolas

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