Após seis altas consecutivas, milho exibe correção técnica e testa leves quedas na BM&F nesta 5ª

Publicado em 22/02/2018 13:15

Na BM&F Bovespa, os futuros do milho operam com ligeiras quedas no pregão desta quinta-feira (22). Por volta das 12h10 (horário de Brasília), as principais posições da commodity exibiam quedas entre 0,03% e 0,54%. O vencimento março/18 era cotado a R$ 36,35 a saca e o maio/18 a R$ 35,25 a saca.

O mercado exibe uma correção técnica após subir nas últimas seis sessões. Ainda conforme ponderam os analistas, além da influência dos preços na Bolsa de Chicago e do dólar, a situação de menor disponibilidade de produto no mercado paulista ajuda a sustentar as cotações na bolsa brasileira.

A colheita da safra de verão ainda segue lenta nas principais regiões produtoras e, diante da melhora nos preços da soja, os agricultores têm preferido negociar a oleaginosa. No estado de Goiás, o preço da soja disponível subiu 6% desde o início de fevereiro. A saca é cotada ao redor de R$ 65,00.

As incertezas da segunda safra de milho no Brasil também são observadas pelos participantes do mercado. É consenso entre os especialistas que parte da safra será cultivada fora da janela ideal, devido ao atraso na soja. Cenário que deixará a safrinha mais exposta ao risco climático.

Bolsa de Chicago

Durante o pregão desta quinta-feira (22), os futuros do milho permanecem próximos da estabilidade na Bolsa de Chicago (CBOT). Às 12h55 (horário de Brasília), os vencimentos do cereal testavam quedas de 0,25 pontos. O março/18 operava a US$ 3,65 por bushel, enquanto o maio/18 trabalhava a US$ 3,73 por bushel.

O mercado segue atento às primeiras projeções da nova safra dos EUA. Conforme os primeiros números reportados pelo Outlook Forum, os produtores deverão cultivar 36,42 milhões de hectares com milho e também soja no país.

O número ficou ligeiramente acima do semeada na safra passada, de 36,46 milhões de hectares.

Por outro lado, o clima na Argentina segue no radar dos participantes do mercado. Depois de um longo período com tempo seco, as lavouras de milho já apresentam perdas consolidadas e as projeções indicam uma safra menor nesta temporada.

"Uma melhor precipitação poderia ajudar as lavouras de soja tardias na Argentina, mas essas chuvas seriam muito atrasadas para uma grande parcela da cultura do milho", afirmou Benson Quinn Commodities ao Agrimoney.com.

Tags:

Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

NOTÍCIAS RELACIONADAS

B3 encerra semana acumulando ganho de 3,2% para o milho e alavancando vendas no Brasil
Brasil já colheu 82,56% da 2ª safra de milho, produtividades caem, diz Pátria AgroNegócios
Alta nos preços do milho nas últimas semanas ajudaram produtor a avançar com a comercialização
Colheita em Querência (MT) já terminou e quebra na produtividade é estimada em 10%, segundo produtor
Sexta-feira começa negativa para os preços futuros do milho
Radar Investimentos: Produção de milho de segunda safra em 12,964 milhões de toneladas no Paraná