Milho: mercado especula, vira a tabela e parte para rally de compras, com alta de mais de 9 pontos
O mercado surpreendeu a si mesmo na Bolsa de Chicago (CBOT) nesta quinta (31), no início da tarde no Brasil. Quando poucos esperavam alguma mudança, com o final de semana prolongado, os fundos partiram para um rally de compras e tiraram os futuros da baixa em que se encontrava há sessões. Muito mais com cara de testando a alta e capturar uma liquidação no curto prazo do que baseado em fundamentos.
Os futuros estão todos acima de 9 pontos, do setembro ao maio de 2018, na seguinte ordem de preços às 14h35: US$ 3,39 – depois 3,54, 3,67 e 3,74.
Para Deanna Hawthorne-Lahre, da StatFutures, até que o movimento não foi tão novidade, ao dizer que o rali de hoje é provocado por padrões sazonais e clássico para o final de agosto.
Acrescentou ainda que "vendas pesadas no mercado de trigo de Minneapolis sinalizam o lançamento final e mostra que podemos deixar essa coisa de venda e trocar um pouco”. Entendendo aqui como trocar de papéis.
Mas talvez o palpite mais certeiro foi dado ontem por Jack Scoville: "Espero que estejamos perto de um fundo para o curto prazo, já que temos um fim de semana de três dias e não tenho certeza de quantas pessoas querem ficar extremamente vendidas no final de semana".
Hoje pela manhã saiu o relatório de vendas semanais, mostrando que o milho está dentro do esperado, com o USDA dando 992,6 mil/t. versus a expectativa do comércio de entre 450 e milhão/t.
O barril de petróleo subiu no mercado internacional, o que pode também ter dado um empurrão.
A Successful Farming deu matéria de seu correspondente no Brasil mostrando alguma intenção de os agricultores diminuírem bem a área de milho de 1ª safra, mas não está claro se isso alterou os ânimos dos investidores.
BM&F Bovespa
Os futuros no Brasil mal saíram do lugar até às 14h40, sempre próximo da zona neutra O setembro caía 0,62%, a R$ 27,13, e o novembro menos 0,52%, a R$ 28,80.