Milho registra desvalorização de mais de 1% na semana em Chicago com incerteza climática no Meio-Oeste

Publicado em 28/07/2017 17:55

Na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros do milho encerraram a semana com desvalorizações de mais de 1%, conforme levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes. No pregão desta sexta-feira (28), as principais posições da commodity finalizaram o dia com ligeiros ganhos entre 0,25 e 0,50 pontos. O dezembro/17 era cotado a US$ 3,88 por bushel e o março/18 a US$ 3,99 por bushel.

Com as lavouras na fase mais importante de desenvolvimento, a polinização, o foco permanece no comportamento do clima no Meio-Oeste. Após o período mais seco registrado recentemente, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) rebaixou de 64% para 62% o índice de lavouras em boas ou excelentes condições.

"A perspectiva para os próximos 6 a 7 dias é principalmente seca para o Meio-Oeste dos EUA. Então, o estresse das culturas provavelmente aumentará", disse Terry Reilly, no Futures International.

Os mapas do NOAA - Serviço Oficial de Meteorologia do país - apontam para chuvas dentro e abaixo da normalidade no período de 8 a 14 dias. Já as temperaturas deverão ficar acima e dentro da normalidade no mesmo período.

"Dada à falta de precipitação em várias áreas, as condições secas esperadas durante a próxima semana ou mais aumentam a sensação de que as culturas precisam de mais prêmio de risco climático", completou Benson Quinn Commodities, em entrevista ao Agrimoney.com.

Porém, o site destaca que uma previsão de clima mais frio no início de agosto e os grandes estoques da cultura têm limitado os ganhos nos preços. "E mantiveram muitos investidores à margem do mercado", reforça o portal.

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Mercado doméstico

Os preços do milho também recuaram ao longo da semana no mercado doméstico. Ainda segundo levantamento do economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, o valor caiu 6,25% em São Gabriel do Oeste (MS), com a saca a R$ 15,00. Na região de Ponta Grossa (PR), a perda foi de 4,00%, com a saca a R$ 24,00.

Em Campinas (SP), a saca terminou a semana a R$ 24,90, com desvalorização de 3,11%. No Porto de Paranaguá, a saca futura também caiu 3,57% na semana e o valor ficou em R$ 27,00. Em Londrina (PR), a perda foi de 2,86%, com a saca a R$ 17,00.

Paralelamente, a saca subiu 3,57% na região de Campo Novo do Parecis (MT) e o preço ficou em R$ 14,50. No Oeste da Bahia, a alta foi de 2,22%, com a saca do milho a R$ 23,00. Em Sorriso (MT), a alta foi de 1,67%, com a saca a R$ 12,20.

Os analistas ainda destacam que a colheita da safrinha no país permanece como um fator de pressão sobre os preços do cereal. Até o início da semana, a colheita estava completa em 40,4% da área semeada nesta temporada, de acordo com levantamento da agência Safras & Mercado.

Conforme dados da AgRural, a colheita já atingiu 63% da área plantada até a última quinta-feira (27). No mesmo período do ano anterior, os trabalhos nos campos estavam completos em 69% da área plantada. Ainda de acordo com a entidade, o centro-sul do país deverá colher 63,34 milhões de toneladas de milho nesta safra.

Diante dos preços mais baixos, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) continua realizando os leilões de apoio à comercialização do cereal. Nesta quinta-feira, a entidade negociou 100% do total ofertado, de 692 mil toneladas do leilão de Pepro (Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural) e 60 mil toneladas no caso do leilão de Pep (Prêmio para Escoamento de Produto).

Já as exportações somaram 820 mil toneladas nas duas primeiras semanas de julho. As informações foram reportadas pela Secex (Secretaria de Comercio Exterior). A perspectiva é que os embarques de milho ganhem ritmo agora no segundo semestre.

Dólar

A moeda norte-americana encerrou a sexta-feira a R$ 3,1347 na venda, com queda de 0,68%. "Os investidores estão de olho na cena externa e nas novas perspectivas de ingresso de recursos no país", reportou a Reuters.

Confira como fecharam os preços nesta sexta-feira:

>> MILHO

Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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