De olho no clima no Corn Belt, milho mantém tom positivo no pregão desta 3ª feira na Bolsa de Chicago

Publicado em 18/07/2017 09:15

Na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros do milho dão continuidade ao movimento positivo durante a sessão desta terça-feira (18). Por volta das 12h29 (horário de Brasília), as principais posições do cereal exibiam altas entre 8,50 e 9,25 pontos, uma valorização de mais de 2%. O setembro/17 era cotado a US$ 3,83 por bushel, enquanto o dezembro/17 trabalhava a US$ 3,97 por bushel. Já o março/18 operava a US$ 4,07 por bushel.

"Certa deterioração das lavouras e previsões climáticas adversas dão o tom positivo", reportou a Granoeste Corretora de Cereais em seu comentário diário. Ainda no final da tarde de ontem, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) revisou para baixo o índice de lavouras em boas e excelentes condições, de 65% para 64%.

No mesmo período do ano anterior, o índice estava em 76%. Cerca de 25% das plantações apresentam condições medianas e 11% têm condições ruins ou muito ruins.

"O clima permanece muito quente em muitas partes do Meio-Oeste dos EUA que tem culturas de milho com umidade muito modesta disponível", disse Tobin Gorey no Commonwealth Bank of Australia, em entrevista ao Agrimoney.com, acrescentando que "essa é uma combinação muito acidental".

O analista reportou que "esperamos que haja perdas de rendimento nestas áreas, mas que podem ficar dentro das tolerâncias normais ou acima delas". Segundo o NOAA  - Serviço Oficial de Meteorologia do país - nos próximos 8 a 14 dias, as temperaturas permanecerão elevadas no cinturão produtor do cereal. No mesmo período, as chuvas deverão ficar abaixo da normalidade em grande parte do Meio-Oeste.

BM&F Bovespa

Na bolsa brasileira, a sessão desta terça-feira (18) também é positiva aos preços do milho. As principais posições do cereal testavam ganhos entre 0,82% e 1,25%, perto das 12h45 (horário de Brasília). O setembro/17, referência para a safrinha, era cotado a R$ 26,70 a saca e o novembro/17 a R$ 28,15 a saca.

As cotações são influenciadas pela alta registrada na Bolsa de Chicago. Já o dólar, outra importante variável na formação dos preços, opera em queda no pregão desta terça-feira. A moeda norte-americana era cotada a R$ 3,1668 na venda, com perda de 0,46%.

"O câmbio segue o enfraquecimento da moeda norte-americano no exterior após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sofrer nova derrota no Congresso, e em meio ao ambiente político doméstico mais calmo", destacou a Reuters.

Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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