Com algumas chuvas no Corn Belt, milho reduz ganhos ao longo do pregão desta 4ª feira em Chicago
As cotações futuras do milho permanecem em campo positivo na Bolsa de Chicago (CBOT) ao longo do pregão desta quarta-feira (14). As principais posições da commodity testavam ligeiros ganhos, de 0,75 pontos, perto das 12h41 (horário de Brasília). O julho/17 trabalhava a US$ 3,81 por bushel e o setembro/17 a US$ 3,89 por bushel.
A sustentação dos preços ainda é decorrente das especulações sobre o clima no Meio-Oeste. Algumas localidades, como as Dakotas, receberam chuvas, porém, outras ainda precisam de precipitações.
"O milho da porção leste do Corn Belt está entrando em fase de polinização em bom estado, porém, na porção oeste as condições não são as melhores devido à escassez de umidade", reportou a Granoeste Corretora de Cereais em seu comentário diário.
Até o momento, em torno de 67% das lavouras de milho apresentam boas ou excelentes condições, conforme último levantamento reportado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Além disso, a forte valorização registrada nos preços do trigo em Chicago também dá suporte aos preços do milho.
Ainda de acordo com a corretora, 15% da produção mundial de trigo vai para a ração animal, o que gera essa estreita ligação entre os dois cereais. Diante de cenário, os preços do trigo continuam em alta no mercado internacional.
BM&F Bovespa
As principais posições do milho negociadas na BM&F Bovespa operam em campo negativo no pregão desta quarta-feira (14). Por volta das 12h27 (horário de Brasília), as principais posições do cereal exibiam quedas entre 0,04% e 0,37%. O julho/17 era cotado a R$ 26,50 a saca e o setembro/17, referência para a safrinha, era negociado a R$ 27,08 a saca.
Apesar da alta na Bolsa de Chicago, as cotações do cereal acompanham a queda registrada no dólar. A moeda norte-americana era negociada a R$ 3,2830 na venda, com queda de 0,76%.
"O dólar firmou trajetória de baixa ante o real nesta quarta-feira após dados mais fracos que o esperado sobre a economia norte-americana esvaziarem as apostas de mais altas de juros pelo Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos", reportou a agência Reuters.
A cena política no Brasil ainda permanece no radar dos investidores. Além disso, os investidores estão cautelosos antes do feriado de Corpus Christi comemorado nesta quinta-feira no Brasil.