Em meio à perspectiva de melhora no clima nos EUA, milho recua mais de 10 pts nesta 2ª feira na CBOT
As cotações do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) caíram mais de 2,5% no pregão desta segunda-feira (12). Ao longo do dia, as principais posições do cereal ampliaram as perdas e finalizaram a sessão com quedas de mais de 10 pontos. O contrato julho/17 operava a US$ 3,77 por bushel, enquanto o setembro/17 era negociado a US$ 3,85 por bushel. O dezembro/17 encerrou o dia a US$ 3,95 por bushel. O março/18 se mantém acima dos US$ 4,00 por bushel, cotado a US$ 4,04 por bushel.
"As cotações recuaram diante das previsões de chuvas para o Meio-Oeste, o que deverá reforçar a saúde de uma safra estressada pelo clima adverso ao longo do plantio e do desenvolvimento inicial", reportou a agência Reuters Internacional. De acordo com o site Agrimoney.com, o clima ao longo do final de semana não se mostrou tão ameaçador como era esperado.
Além disso, as previsões climáticas já indicam algumas chuvas para o Corn Belt durante essa semana. Benson Quinn Commodities reforçou ao Agrimoney.com que "a previsão atual indica uma boa oportunidade para a precipitação em grande parte do país ao longo da semana. Embora existam algumas áreas do West Corn Belt que devem ser perdidas".
A perspectiva é que as chuvas previstas para os próximos dias melhorem a umidade no solo. "Mas ainda serão necessárias mais chuvas, particularmente em Dakota do Norte, Dakota do Sul e Nebraska", completa Benson Quinn Commodities, em entrevista ao Agrimoney.com.
No final da tarde de hoje, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) indicou que 67% das lavouras do cereal apresentam boas ou excelentes condições. Na semana anterior, o índice estava em 68%. Cerca de 25% das plantações apresentam condições regulares e 7% estão em condições ruins ou muito ruins.
Enquanto isso, os embarques semanais de milho totalizam 1.041,534 milhão de toneladas na semana encerrada no dia 8 de junho, conforme dados do USDA. O volume ficou ligeiramente abaixo do registrado na semana anterior, de 1.177,107 milhão de toneladas.
O USDA ainda anunciou a venda de 130 mil toneladas de milho para destinos não revelados. O volume deverá ser entregue ao longo da campanha 2016/17. Originalmente, o departamento reportou a venda como soja e, em seguida, corrigiu a informação.
Mercado brasileiro
A segunda-feira foi de ligeiras quedas aos preços do milho negociados no mercado interno brasileiro. Em Luís Eduardo Magalhães (BA), a perda ficou em 4,35%, com a saca do cereal a R$ 22,00. Já em São Gabriel do Oeste (MS), o recuo foi de 2,50%, com a saca a R$ 19,50. em Castro (PR), saca finalizou o dia a R$ 25,50 e perda de 3,77%.
Na região de Campinas (SP), a perda ficou em 3,69% e a saca a R$ 26,10. No Porto de Paranaguá, o valor futuro caiu 1,69% e a saca fechou o dia a R$ 29,00. As informações fazem parte do levantamento realizado diariamente pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes.
De acordo com levantamento realizado pelo Cepea, as cotações apresentam comportamentos distintos nas principais regiões acompanhadas pela entidade. "Enquanto em Mato Grosso e Goiás os preços recuaram com força nos últimos dias, devido ao avanço da colheita, no Paraná, em São Paulo e em Mato Grosso do Sul, os valores reagiram, devido à retração de vendedores no mercado spot", destacou.
Na BM&F Bovespa, as cotações do cereal também cederam neste início de semana. As principais posições da commodity exibiram quedas entre 0,03% e 2,42%. O setembro/17, referência para a safrinha brasileira, fechou o dia a R$ 27,08 a saca, enquanto o novembro/17 era negociado a R$ 27,93 a saca. O janeiro/18 encerrou a sessão a R$ 29,30 a saca.
Apesar da alta do dólar, as cotações acompanharam a forte desvalorização registrada no mercado internacional. Já a moeda norte-americana subiu 0,59% e encerrou o dia a R$ 3,3115 na venda. Segundo dados da Reuters, os investidores estão cautelosos diante da cena política brasileira e também estão atentos ao andamento das reformas no Congresso Nacional.
Confira como fecharam os preços nesta segunda-feira: