De olho no clima nos EUA e com movimento de realização de lucros, milho amplia perdas na CBOT nesta 2ª feira
Durante a sessão desta segunda-feira (12), os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) ampliaram as perdas. Às 12h25 (horário de Brasília), as principais posições do cereal apresentavam quedas entre 7,50 e 8,00 pontos. O julho/17 era cotado a US$ 3,79 por bushel, enquanto o setembro/17 trabalhava a US$ 3,87 por bushel. Já o dezembro/17 era negociado a US$ 3,98 por bushel.
O mercado passa por uma correção técnica depois das recentes valorizações registradas, conforme destaca a Granoeste Corretora de Cereais. Contudo, o comportamento do clima no Meio-Oeste dos EUA permanece no foco dos participantes do mercado. Inclusive, na última semana, as cotações subiram mais de 4% devido às previsões de clima mais seco e quente no cinturão produtor.
"Em extensas áreas da região produtora dos EUA as temperaturas seguem bastante altas. Algumas chuvas estão programadas para os próximos dias, começando pela porção norte e oeste. Sua intensidade e extensão serão monitoradas de perto pelos participantes. Isto vai valer muito para a formação do preço da soja e do milho nos próximos dias", destacou a corretora.
Conforme previsões do NOAA - Serviço Oficial de Meteorologia do país - nos próximos 8 a 14 dias, grande parte do Meio-Oeste deverá ter chuvas abaixo da normalidade. E temperaturas acima da média ainda são previstas para as regiões produtoras do cereal.
"E uma falta de chuvas no final desta semana poderia adicionar uma nova rodada de ansiedade ao mercado", destacou o Agrimoney.com.
Ainda hoje, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reporta seu novo boletim de acompanhamento de safras. Até a semana anterior, cerca de 68% das lavouras apresentavam boas ou excelentes condições.
Enquanto isso, os embarques semanais do cereal somaram 1.041,534 milhão de toneladas na semana encerrada no dia 8 de junho. O volume ficou ligeiramente abaixo do registrado na semana anterior, de 1.177,107 milhão de toneladas.
BM&F Bovespa
A queda mais forte registrada na Bolsa de Chicago também pesa sobre os preços do cereal na BM&F Bovespa. Nesta segunda-feira (12), por volta das 11h52 (horário de Brasília), as principais posições da commodity testavam perdas entre 0,71% e 0,77%. O setembro/17 era cotado a R$ 27,16 a saca e o novembro/17 operava a R$ 28,00 a saca.
Já o dólar, outro importante componente na composição dos preços, operava a R$ 3,3024, com ganho de 0,31%, perto das 11h39. Conforme dados da Reuters, os participantes do mercado aguardam a reunião do PSDB para definir se o partido continua na base governista após o presidente Michel Temer ter sido absolvido pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) no julgamento da chapa Dilma-Temer.